Águias voam nos descontos
São já dez golos para lá dos 90’ e seis deles decisivos para os objetivos da equipa
Além da qualificação para a Liga Europa em Salzburgo, o tempo extra permitiu festejar com Toulouse, Sporting (a dobrar, com a reviravolta), Estoril e Gil Vicente. Em 2022/23 foram oito golos, quatro fulcrais.
●●● O Benfica tem aproveitado bem em 2023/24 o tempo de descontos para resolver jogos e o desafio com o Toulouse é exemplo disso. O golo de Di María, o segundo, apareceu aos 90’+8’, de penálti, e deu a vitória sobre os franceses. Olhando para o histórico da temporada são dez golos para lá dos 90’, mais do que no total da época passada. Em 2022/23, a equipa de Schmidt faturou para lá do tempo regulamentar por oito ocasiões, sendo que dessas apenas quatro foram decisivas: frente ao Vizela, João Mário marcou aos 90’+11’ para dar a vitória por 2-1; de novo João Mário frente ao Maccabi Haifa aos 90’+2’ a dar a qualificação no primeiro lugar do grupo da Champions, fixando os 6-1; Musa frente ao Inter fez o golo do empate aos 90’+5’ e depois João Neves empatou com o Sporting aos 90’+4’, um golo que viria a ser decisivo nas contas do título.
Este ano o cenário tem-se repetido e até aumentado: são já mais golos par alá dos 90’ e mais tentos decisivos que alteraram a história das partidas. Para além do Toulouse, as águias já festejaram frente ao RB Salzburgo, na Liga dos Campeões, com um golo de Arthur Cabral aos 90’+2’ a dar a qualificação precisamente para a Liga Europa; com o Sporting, para o campeonato, a dobrar, aos 90’+4’ por João Neves e depois aos 90’+8’ por Tengstedt, na reviravolta por 2-1; no 1-0 com o Estoril (de António Silva) e também ante o Gil Vicente, aos 90’+4’ com Musa a fazer o terceiro. Este ano, mais do que nunca na era Schmidt, todos os minutos contam e as águias, que têm sofrido mais do que na primeira época para levar resultados positivos, têm marcado para lá dos 90’.