Altos e baixos
Diogo Ribeiro, o jovem nadador de Coimbra que conquistou a 1ª medalha de ouro em mundiais da história da natação portuguesa, está de parabéns e o que todos desejamos é que 2024, com os Jogos Olímpicos em Paris à porta, marque o início de uma carreira internacional que tem tudo para ser notável. Um atleta extraordinário não só na componente física mas na força mental. Portugal não tem, para além do futebol e do atletismo e, mais recentemente, da canoagem (mas estes não passam de parentes pobres), qualquer estratégia coerente e focada no fomento das várias modalidades desportivas. Dependemos, para obter bons resultados, do empenho e voluntarismo das famílias, de clubes e treinadores, de instituições e empresas e aqui e ali de algumas autarquias que compreendem o valor do desporto para a sociedade, afastando jovens da droga, das horas infinitas passadas ao telemóvel, da atracção por actividades ilícitas e mesmo depressões. Mas, acima de tudo, os resultados estão ligados à capacidade de sacrifício e superação, à ambição e força de vontade de jovens que, para conquistar o mundo, têm mesmo que se fazer super homens. Que as lições da canoagem, judo, atletismo e ciclismo sejam exemplos a seguir para o sucesso do Diogo.
A semana europeia deu para tudo. Algo se passa de estranho em Braga, pois os minhotos possuem uma das melhores equipas da história e a mais cara de sempre, mas parecem andar alheados aos bons resultados. Não é impossível, mas a desvantagem de dois golos complicou a tarefa de seguir em frente. O Benfica das muitas contratações de craques também não está bem e já dei a minha opinião sobre a raiz dos problemas. Penso, contudo, que tem tudo para seguir em frente e voltar a vencer em França na segunda mão e, por cá, parece ser o único que pode dar luta ao Sporting para a conquista do campeonato. E por falar dos leões há que dar todo o mérito à equipa, treinadores e dirigentes. O orçamento é bem mais baixo do que os de Porto e Benfica e, contudo, jogam melhor, a equipa está recheada de jovens que sabem o que estão a fazer (mérito de Ruben Amorim) e têm tudo para chegar longe na Liga Europa e ter sucesso por cá. Mas ainda a maratona vai a meio. Quanto ao Porto, na eliminatória da Champions se vai jogar a vitória nas próximas eleições. O desânimo dos fracos resultados no campeonato é visível e fracturante. Por isso o apuramento para os “quartos” é fundamental para as hipóteses de vitória de Pinto da Costa. Caso não consiga…