ATROPELAR E TIRAR BILHETE PARA FRANÇA
Aberto o marcador aos 16’, o Benfica, com uma grande primeira parte, trucidou um Vizela que ruiu por completo até ao intervalo. Depois foi tempo de tirar o pé
Roger Schmidt renovou o onze, com seis novidades, e a estratégia resultou. David Neres (que regresso à titularidade!) e companhia deram gás às águias, que ganham moral para a viagem a Toulouse.
À exibição apagada com o Toulouse, o Benfica respondeu ontem com um vendaval na primeira parte que deitou por terra quaisquer aspirações do Vizela em conseguir surpreender na Luz. Se é verdade que nos primeiros 15 minutos a equipa de Rubén de la Barrera, mesmo denotando algum nervosismo e com várias perdas de bola, conseguiu resistir e impedir os remates das águias, a partirdo1-0tudomudou.Comum ritmo intenso, a formação de Roger Schmidt trucidou o último classificado da Liga, que tinha sido ultrapassado na véspera pelo Chaves, e alcançou a maior goleada da época com um 6-1. Enquanto as águias meteram a... sexta, o Vizela desmoronou-se. Sem aguentar a pressão benfiquista, o conjunto minhoto acumulou erros na construção e deixou facilitada a vida a um Benfica renovado, que soube aproveitar os espaços concedidos.
Com um calendário apertado, face ao play-off com o Toulouse, para a Liga Europa – seguindo-se também a Taça de Portugal, com o Sporting –, Roger
Schmidt optou por fazer uma profunda remodelação no onze, tendo trocado seis futebolistas em relação ao desafio da quinta-feira anterior com o Toulouse. Mexeu em todos os setores e lançou como novidades Bah, Tomás Araújo, Morato, David Neres, Tiago Gouveia e Tengstedt, tirando Aursnes, António Silva, Álvaro Carreras, Kokçu (por castigo), Di María e ArthurCabral.Enomioloapostou numa nova dupla, com João Mário a jogar ao lado de João Neves. Se o onze impressionava, apesar da rotação, o banco era de autêntico luxo!
A partida arrancou com domínioabsolutodoBenfica,que circulava a bola mas sem conseguir furar as linhas recuadas do Vizela. Até que, numa jogada em que a equipa forasteira errouporváriasvezes,aformação de Roger Schmidt soube aproveitar. Aberto o marcador, jogadores como David Neres (que regresso ao onze, com dois golos e duas assistências!), Rafa, Tiago Gouveia e até Tengstedt – faltou maior definição na finalização, mas movimentou-se bem – souberam imprimir uma velocidade à qual o adversário não conseguiuresponder.Atéaointervalo as águias marcaram por mais quatro ocasiões, fechando em alta uma primeira parte de grande nível, e eficaz também, já que aproveitaram quase todas as jogadas em que remataram à baliza do Vizela.
Depois de uma etapa inicial em grande ritmo, o Benfica, já com Di María no lugar de Rafa, abrandou o ritmo. De tal forma que o Vizela conseguiu acertar marcações, reanimar-se e, aproveitando um erro de Trubin, reduzir cedo para 5-1.
O Benfica tirou o pé do acelerador e tirou então bilhete para a viagem rumo a França, na próxima quinta-feira, onde defronta o Toulouse. Foi tempo de gerir a bola, sendo que a baliza de Buntic, entrado para o lugar do lesionado Ruberto, foi ficando cada vez mais longe. A equipa de Rubén de la Barrera chegouse à frente, fez então algumas jogadas perto da área benfiquista e só não aumentou a sua contagem porque Trubin redimiu-se. Defendeu um penálti a Essende e mais uma bola de golo ao ponta-de-lança francês.
Com a oitava vitória consecutiva na Luz, o melhor registo de Roger Schmidt, o Benfica dorme isolado na liderança e espera agora pelo desfecho da visita de hoje do Sporting ao terreno do Moreirense.