O Jogo

Schmidt responde com uma revolução

- Jorge.maia@ojogo.pt

Depois das críticas às opções iniciais frente ao Vitória de Guimarães, Roger Schmidt subiu a parada, apostou tudo numa revolução e ganhou.

Depois do ato falhado que foi a escolha do onze inicial para defrontar o Vitória de Guimarães, não é difícil imaginar o nervoso miudinho que tomou conta das hostes encarnadas quando tomaram conhecimen­to das escolhas de Schmidt para o duelo com o Vizela. Sem poder contar com Kokçu e Florentino, o alemão ainda deixou no banco António Silva, Aursnes, Di María e Arthur Cabral. Uma revolução que se estendeu a todos os setores da equipa e precisou de apenas 16 minutos para demolir a frágil defesa do

Vizela e de 45 para construir uma goleada capaz de demonstrar, não só a profundida­de do plantel encarnado, como a capacidade do alemão para a explorar. Quem quiser muito criticá-lo, pode sempre dizer que ficou provado que Neres não é jogador para se guardar no banco ou que Tiago Gouveia merece mais minutos. Mas depois de ter ficado em silêncio na véspera do jogo, Schmidt arrancou uma exibição eloquente como resposta às críticas recentes. Se o Benfica é a equipa arrebatado­ra daqueles primeiros 45 minutos ou a outra, cheia de dúvidas existencia­is que se tem visto jornada sim, jornada não, pois só o tempo dirá. Mais ou menos como em Braga, onde Artur Jorge finalmente ganhou para o susto depois de duas derrotas pesadas que deixaram o clube à beira de um ataque de nervos e com o quarto lugar em risco. Um balão de oxigénio que é preciso voltar a encher já a seguir, na Liga Europa, para afastar de vez o espetro de uma crise com potencial para implodir a Pedreira.

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