O Jogo

QUEM CONSEGUE FAZER FRENTE A ESTE LEÃO?

Entrada enérgica do Sporting e uma exibição coletiva com nota elevada carimbaram a oitava vitória seguida no campeonato. Morita e Pote marcaram

- Textos TOMAZ ANDRADE

Equipa de Amorim segue imparável, com um futebol vistoso e um entendimen­to perfeito entre todos os setores. Geny Catamo e Trincão foram diabos à solta. Moreirense nem conseguiu ter bola.

Oitava vitória consecutiv­a no campeonato, terceiro jogo seguido sem golos sofridos na prova, uma exibição convincent­e, vários jogadores em alta e um sentimento nas bancadas de que não há dúvidas quanto à equipa que pratica melhor futebol nos relvados portuguese­s. Com uma passada imperial na luta pelo título, eis o Sporting.

Se o Moreirense, pelo campeonato que tem vindo a fazer, era tido, potencialm­ente, como um dos obstáculos mais complicado­s para o conjunto leonino, a verdade é que a equipa de Rúben Amorim saiu incólume do Minho e com o ego reforçado, graças a uma abordagem eficaz ao jogo e a uma exibição que casou na perfeição a força do coletivo com a criativida­de de alguns elementos, como Geny Catamo, Trincão e Pedro Gonçalves. O treinador utilizou o onze que goleara o Braga, depois de ter feito alguma rotação na Suíça, frente ao Young Boys, e o início do jogo foi alucinante. O rugido do leão deixou a equipa de Rui Borges retraída e a levar constantes socos, não tendo sido nenhum espanto o volume de oportunida­des criadas junto de Kewin, batido pela primeira vez, e com culpas no cartório após uma saída em falso, por Morita logo aos três minutos.

Impotente, a equipa de Moreira de Cónegos não conseguiu entrar no jogo, devido à enorme pressão feita pelo Sporting, e o golo continuou sempre a rondar a baliza minhota, com destaque para as tentativas de Geny Catamo e Trincão sempre pela direita, dupla que deixou Frimpong e João Camacho à beira de um ataque de nervos.

Tal como num bailado, a equipa do Sporting foi dançando no relvado, recuando em bloco, pressionan­do alto e atacando com harmonia perfeita, dando nas vistas pelos desdobrame­ntos e trocas de posição entre os homens da frente. Perante tamanha superiorid­ade, mais uma iniciativa atacante pela direita acabou por resultar no segundo golo, fabricado a meias por Geny Catamo e Trincão, e finalizado com a classe de Pedro Gonçalves. Antes da meia hora de jogo, já ninguém tinha dúvidas quanto ao vencedor.

Especialis­ta a jogar em contra-ataque, o Moreirense não conseguiu utilizar as suas armas porque simplesmen­te o Sporting não deixou. S emposse de bola e sem conseguir sair a jogar, até ao intervalo a equipa de Rui Borges foi uma imagem desfocada do que tem feito esta época.

Na segunda parte, o cenário não foi muito diferente. A equipa de Rúben Amorim não tirou o pé do acelerador e continuou a encostar o adversário às cordas. Logo a abrir, Pedro Gonçalves tentou um golo artístico, com um remate em arco ao poste, e a bola sobrou para Trincão, que não teve dificuldad­es em atirar para a baliza. Só que o extremo estava em fora de jogo e o golo não contou, motivando depois mais um par de tentativas para bater Kelvin.

O Moreirense só espevitou no último quarto de hora do encontro, com a entrada de Kodisang, que protagoniz­ou duas arrancadas pela direita, iniciativa­s que acabaram desfeitas pela segurança da defesa leonina.

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Matheus Reis foi o primeiro a entrar, apenas aos 82’
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