O Jogo

Rúben Amorim “Não há motivo para euforia, mas há confiança”

Treinador do Sporting rejeita embandeira­r em arco pela oitava vitória consecutiv­a na Liga, mas realça que os adeptos devem aproveitar a atual forma. “Primeira parte irrepreens­ível”, diz

- FREDERICO BÁRTOLO

Técnico foi elogioso com os jogadores pelo intenso e competente trabalho a parar as transições ofensivas do adversário. Relativizo­u as palavras de João Mário, não consideran­do estas como farpas.

Rúben Amorim sai orgulhoso ●●● do jogo em Moreira de Cónegos e valoriza a capacidade dos leões na reação à perda da bola, rebatendo a ideia de que a equipa geriu o 2-0.

“Não demos nada ao Moreirense. Assinava já por baixo fazermos sempre 75 minutos perfeitos”

Como analisa este jogo?

—Não podíamos sofrer transições, ficaria complicado. A primeira parte foi irrepreens­ível, controlámo­s bem. O golo deu-nos tranquilid­ade, pudemos esperar que o Moreirense saltasse na pressão. Na segunda parte tivemos 20 minutos sem uma ligação tão boa, mas criámos as melhores oportunida­des. Nos últimos 25 minutos dominámos outra vez.

“Em vantagem não tínhamos de acelerar, mesmo assim tivemos oportunida­des para fazer golos”

A equipa geriu o 2-0 na segunda parte?

—Esperavam sempre um erro nosso, mas fomos competente­s nesse aspeto. Em vantagem não tínhamos de acelerar. Mesmo assim, tivemos oportunida­des para fazer golos. Fomos a melhor equipa. É impossível jogar sempre à mesma velocidade. Juntámos as duas coisas: não sofremos golos e não permitimos oportunida­des. Era determinan­te para ganhar aqui.

Sentiu cansaço nos jogadores?

—Faltou alguma energia na

movimentaç­ão,temavercom a sequência de jogos. Nos últimos 20 minutos dominámos e controlámo­s melhor, logo não foi cansaço. Sem bola fomos sempre muito rápidos. Não demos nada ao Moreirense. Assinava por baixo fazer 75 minutos perfeitos.

Só fez, ainda assim, três alterações...

—Estamos sempre muito stressados, vimos muita coisa do Moreirense, todos os jogos são difíceis. Marcar ao terceiro minuto muda o jogo. Ficámos mais cómodos, o golo ajudou, mas corremos muito e mantivemos o ritmo. Mas o 2-0 não dá confiança a ninguém. Se todos estavam a sentir-se bem não vale a pena mudar. Não

ajuda mudá-los aos 60 ou 70 minutos, porque senão podem não conseguir fazer 90 minutos depois.

Assume que vai rodar a equipa quinta-feira?

—Vão existir mexidas. Temos jogadores para isso. Não está resolvida a eliminatór­ia. E depois há outra saída difícil no campeonato.

Consegue explicar esta fome por golos?

—Vem mais dos jogadores do que do treinador. O Pote gosta denúmeros,oGyokeresr­ematou muito, notou-se que queria marcar.

Com estas exibições compreende a euforia?

—Se daqui a uns anos disserem que tivemos estes golos,

mas não tivermos títulos… isso torna-se indiferent­e. Os adversário­s devem ficar felizes, gozarem o momento, mas nem somos primeiros no campeonato e na próxima semana vamos a Vila do Conde. Não há motivo para euforia. Há motivo para confiança. Não temos de ser quem mais marca para sermos campeões.

“Vão existir mexidas na quinta-feira. Temos jogadores para isso e não está resolvida a eliminatór­ia”

João Mário disse que nunca tinha tido um técnico excelente como treinador e como pessoa. É uma provocação?

“Os adeptos devem gozar o momento, mas nem somos primeiros. Para a semana vamos a Vila do Conde”

—Não acho nada disso. Já está há alguns anos no Benfica. Elogiou o treinador, é normal. Não tenho nada a dizer sobre isso. Não sabia disso sequer.

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Rúben Amorim não sentiu necessidad­e de fazer alterações mais cedo

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