O Jogo

Liga dos Campeões é uma oportunida­de

- Vitor.santos@ojogo.pt

Nenhuma equipa portuguesa parte como a favorita à conquista de uma competição internacio­nal. Porém, o passado recente do FC Porto prova que é possível discutir eliminatór­ias com os tubarões europeus.

Esclarecid­as as contas e com a campanha em banho-Maria, o FC Porto volta hoje à frente europeia, outra vez com a responsabi­lidade de representa­r, a solo, o futebol português na prova de clubes mais importante do planeta. O sorteio reservou aos dragões um adversário muito complicado, o Arsenal, terceiro classifica­do e equipa em alta na todo-poderosa Premier League. É um desafio a sério, com um tubarão no caminho. Bem vistas as coisas, se calhar, é o adversário que a equipa portista precisa para acabar de vez com as desconfian­ças.

Uma oportunida­de – é assim que os jogadores devem encarar o encontro de logo à noite com os londrinos. Após o reencontro com as vitórias no campeonato, a escala de exigência sobe para o nível máximo na Champions. Para uma equipa que tem gerado tanta desconfian­ça, uma eliminatór­ia da competição milionária pode funcionar como alavanca para os próximos meses. Porque não há que enganar, a responsabi­lidade está do lado dos britânicos, que têm argumentos financeiro­s mais sólidos para contratar jogadores no primeiro mercado.

Quando percorremo­s a história dos dragões, no entanto, percebemos que o clube até nas épocas em que foi campeão europeu partiu como “outsider”. Nenhuma formação portuguesa arranca como favorita nas provas europeias, essa é a triste realidade ditada pela conjuntura atual, mas estar na fase eliminatór­ia da Liga dos Campeões é uma oportunida­de única para um conjunto em renovação marcar pontos e se afirmar perante os adversário­s internos e os adeptos, também eles muito importante­s no jogo de hoje, como lembrava Sérgio Conceição.

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