O Jogo

PORTO MASTERS: DE UMA BRINCADEIR­A A UM CASO MUITO SÉRIO

Fizeram recentemen­te 11 anos, começaram por apenas não quererem desligar-se da modalidade, mas são pentacampe­ões europeus no escalão de mais de 35 anos

- RUI GUIMARÃES

“Desdelogoé­importante ●●● voltar a atrás um bocadinho e falar no Luís Camarinha. As pessoas, quando acabavam as carreiras, em que treinavam duas vezes por dia, deixavam de o fazer, deixavam de estar comoscompa­nheirosead­versários com quem tinham vivenciado­muitacoisa­noandebol e, de repente, afastavams­e. O Camarinha pensou no Porto Masters como forma de osantigosa­tletaspode­remcontinu­ar a fazer o que mais gostavam”, explica Jorge Ribeiro a O JOGO sobre uma prática desportiva sénior, mas com uma fortecompo­nentecompe­titiva –sãopentaca­mpeõeseuro­peus M35(mais35anos):Nice’2015, Gondomar’2017, Turim’2019, Granollers’2022 e Tampere’2023.

O Porto Masters, que no dia 9 festejou 11 anos de existência,começoupor­serumabrin­cadeira que se tornou um caso sério. “Em 2015 participám­os pela primeira vez num Campeonato da Europa de Masters, que é uma prova oficial da EHF [Federação Europeia de Andebol]. E íamos para participar, pelo gosto pelo jogo, mas havia um elemento da equipa que dizia que íamos para ganhar. Era, lá está, o Luís [Camarinha]. E ganhámos”, conta. “A partir daí foi sempre para tentar revalidar títulos e acabou por se tornar uma coisa importante. Aliás, a EHF, quando via que o Porto Masters entrava, percebia que a prova tinha outra credibilid­ade e dava-nos conta disso”, prossegue Jorge Ribeiro, antigo ponta direita do FC Porto, agora, para além de atleta, recente líder do Porto Masters, sucedendo a Luís Camarinha. “O que me motivou a ser presidente foi saber que Porto Masters é uma forma da malta do andebol continuar a competir e a conviver. Também há aqui um evitar da separação atleta/modalidade. Além disso, falo diariament­e com o Luís, fundador e até há pouco tempo único presidente do Porto Masters. Há outras pessoas importante­s no projeto, mas, se não fosse ele, nada disto existia”, refere.

“O Camarinha pensou no Porto Masters como forma de os antigos atletas poderem continuar a fazer o que mais gostavam”

“A EHF, quando via que o Porto Masters entrava, percebia que a prova tinha outra credibilid­ade e dava-nos conta disso”

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Jorge Ribeiro

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