“Quero subir de nível em vez de um número”
Nuno Borges sabe do aperto em defender a maior soma de pontos da carreira, mas sente-se a “jogar muito bem nos torneios de luxo” e a motivação gere a pressão onde há um Lidador é figura no México, título especial em Monterrey ano conquistou um
Após dois encontros ganhos e um perdido, este frente a um top-10, na Florida, o maiato descreve a O JOGO, desde Los Cabos, o momento que atravessa e como espera apresentar-se no Estoril Open.
MANUEL PÉREZ
Apurado para a segunda ronda do Abierto de Los Cabos, no México, Nuno Borges voltou a tentar, na nossa última madrugada, um inédito apuramento para os quartos de final de um torneio do ATP Tour. O triunfo, por 7-6 (7/2) e 6-2, sobre o comparsa alemão Dominik Koepfer (57.º), começou por ser construído sobre fortes alicerces, tremeu a dada altura, mas foi selado a um nível alto, que o número um português e 47.º mundial pretende ainda elevar.
Seguiu-se o encontro frente ao australiano Max Purcell (51.º), antes do qual fez, a O JOGO, o balanço desta série de cinco ou seis eventos, no México e nos Estados Unidos. Havendo muito a dissecar, começou por considerar ter estado “muito bem nos últimos três encontros”, destacando o “excelente desempenho com um jogador do top-10 [Taylor Fritz]”, na segunda ronda de Open de Delray Beach.
“Cheguei aqui com a confiança em alta, soube adaptarme a um court mais lento, algum vento e frente a um adversário que é meu amigo. Sabia que seria complicado, mas tinha um bom plano de jogo e correu bem”, avaliou o maiato, na segunda etapa de uma campanha em que já iniciou a defesa de mais de 350 pontos e resultou na saída virtual do top-50. “É claro que
sinto uma pressão acrescida, sei que é muito difícil voltar a ganhartantospontoscomohá um ano, mas também sei que até os melhores do mundo têm momentos em que não os conseguem defender”.
Para o Lidador, o “mais importante é estar bem fisicamente e sentir que o nível de ténis também está bom”. A possibilidade de “estar a competir nos maiores torneios do ATP Tour aumenta a dificuldade”, admite. Mostrando estar preparado, lembra: “Estou a viver desafios maiores, estou ciente que posso não defender os pontos todos, mas o que quero é subir de nível, em vez
de me preocupar com o número que me vai aparecer no ranking”. “Sendo capaz de alcançar um melhor nível, isso levará a ganhar mais pontos no futuro. Veremos!”, observou.
Tendo cumprido 27 anos na segunda-feira, esta é a semana em que, há um ano, festejou o título e os 125 pontos trazidos do Challenger de Monterrey, os quais, recordese, são agora descontados. A partir de terça-feira joga em Acapulco (45 pontos em 2023) e a defesa dos 175 em Phoenix só acontece se perder à segunda no Masters de Indian Wells. É a tal face mais valiosa da mesma moeda.