O Jogo

Amorim “A frustração é por não ter ganho”

Técnico do Sporting defende que a boa exibição ofusca o resultado, mas sai de Alvalade com um gosto amargo apesar do apuramento europeu

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O treinador dos verdes e brancos lamentou que a vitória tenha escapado mas sublinhou que não há muito que possa apontar aos seus jogadores. Sem favoritos para o sorteio de hoje, o foco está no Rio Ave.

“Leverkusen ou Liverpool? Se saísse um desses e ganhássemo­s ao Rio Ave, assinava já”

MIGUEL NUNES AZEVEDO

A noite perdulária de ontem ●●● em Alvalade não pode ser vista como o reflexo da época, explicou Rúben Amorim, que viu boas indicações do plantel neste apuramento para os oitavos de final da Liga Europa.

A equipa falhou muitos golos. Fica preocupado pelas falhas?

“O Gyokeres baterá o próximo penálti. É um ídolo e não só dos sportingui­stas”

—Não fico preocupado porque não temos falhado muito. Não vamos fazer deste jogo o reflexo da época. Temos de ter frustração porque devíamos ter ganho. Não aconteceu, mas não tenho muito para apontar aos jogadores. Fomos superiores e ainda ficou mais claro neste jogo.

A frustração aumenta por enfrentar brevemente o Benfica?

—Não temos fantasmas. Houve jogo sem que criámos muito e não marcámos. Se ganhássemo­s por 4-0 ou 5-0, também não estaríamos descansado­s porque sabemos que o Rio Ave será um jogo diferente. A única frustração é não ter ganho. A eliminatór­ia ficou aquém em termos de resultado.

O que seria ter sorte no sorteio?

—Não tenho preferênci­a. Estamos focados no Rio Ave porque

não podemos perder pontos. Leverkusen e Liverpool? Falei nesses parada rum exemplo. Se saísse um desses e ganhássemo­s ao Rio Ave, assinava já por baixo.

Fresneda voltou. O que achou da exibição?

—Tem de voltar a sentir o que é jogar. Precisa de treino e está numa fase difícil porque há algum tempo que não treinamos em equipa as nossas nuances. Continuará a caminhar. Precisamos de todos.

Gyokeres vai deixar de bater penáltis?

—Não perdemos a confiança nele e baterá o próximo. É um ídolo, não só dos sportingui­stas. Todos usam o festejo dele.

Mesmo que falhasse três penáltis continuari­am a gritar por ele.

Ficou frustrado por não marcar? E Edwards também?

—O Edwards parece outro jogador pela forma como defende, por estar mais forte fisicament­e… Não vi frustração nenhuma, apenas um jogador com muita qualidade. A concorrênc­ia faz crescer toda a gente. O Gyokeres quando não marca três golos está sempre frustrado.

Tendo Paulinho lesionado, não seria aconselháv­el gerir Gyokeres?

—Ele não precisa de grande gestão. Faz muitos metros, leva muita porrada, mas é um esforço diferente de um central ou médio que tem de ir atrás de jogadores. Tentámos gerir quem precisava de gestão. O Inácio estava claramente cansado.

É o segundo treinador com mais jogos pelo clube. Gostaria de chegar ao primeiro lugar?

—O mais titulado tem 13 títulos, esse é o objetivo. Ser o que tem mais jogos, mas menos títulos ninguém quer.

Gostaria de encontrar o Benfica na final da Liga Europa?

—Chegar à final era muito importante para nós, mas o adversário é irrelevant­e.

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Gonçalo Inácio corta a bola perante Joel Monteiro

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