O Jogo

É SÓ ACERTAR MAIS

Portugal perdeu com Israel em Odivelas, mas se corrigir os erros pode sonhar com o Eurobasket’25

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CARLOS FLÓRIDO

Se analisarmo­s a qualificaç­ão para o Eurobasket’25 pelo lado do ranking, Portugal (54.º) estará sempre atrás de Eslovénia (11.º), Ucrânia (35.º) e até Israel (42.º). Mas a realidade de um apuramento feito sem jogadores de NBA é outra e ontem, a abrir a luta por uma das três vagas do Grupo A, a Se

leção Nacional esteve sempre à altura da israelita e só não ganhou porque, num jogo fraco, conseguiu cometer ainda mais erros, sobretudo a fechar. O 7072 decidiu-se nos detalhes e nos últimos segundos – Diogo Ventura tentou um triplo desesperad­o ao som da buzina –, pelo que pode ser visto de duas formas: complicou as contas portuguesa­s logo a abrir; provou que é possível superar um dos três rivais.

A partida de Odivelas, com um Multiusos cheio e a inevitável picardia na bancada – a PSP teve de retirar, ao intervalo, adeptos que exibiram bandeiras da Palestina, perante os insultos de um conjunto de israelitas –, foi de equilíbrio extremo, com sete mudanças no marcadoreu­madiferenç­amáxima de sete pontos, favorável aos israelitas, tendo Portugal entrado melhor, quebrado no segundo quarto e dado a sensação de poder vencer quando “apareceu” o jogador que estava a faltar, Travante Williams. O extremo do Manresa, com seis pontos até ao intervalo, acabou com 18 e liderou o melhor momento da equipa de Mário Gomes, o dos 52-47 no terceiro período.

O selecionad­or ainda estreou e viu crescer ao longo dos minutos o talentoso Rúben Prey. O poste de 19 anos foi importante na última recuperaçã­o, que deixou Portugal a um ponto (66-67), mas os

erros inacreditá­veis (como esgotar o tempo de ataque) continuara­m a acontecer e os lançamento­s perdidos foram fatais: apenas 53% de acerto no jogo interior, duas em 21 tentativas de triplo!

“Há um lado mau, o resultado, e um bom, o de provar que podemos estar ao nível destas equipas”

“Para ganhar temos de estar no nosso melhor, e não estivemos. Falhamos nas percentage­ns de lançamento” Mário Gomes Selecionad­or nacional

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Travante Williams, aqui a tentar superar Menco, foi inconstant­e e a equipa nacional ressentiu-se disso
BANDEIRAS DE APOIO À PALESTINA SURGIRAM AO INTERVALO, COM A PSP A RETIRAR OS ADEPTOS QUE AS EXIBIRAM Travante Williams, aqui a tentar superar Menco, foi inconstant­e e a equipa nacional ressentiu-se disso

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