O Jogo

Versão europeia em campo ao domingo

- Vítor Santos

Pinto da Costa ainda acredita que o FC Porto pode ser campeão, Sérgio Conceição afirma que a Champions dos dragões é o Campeonato. Continuam em sintonia as duas grandes figuras da atualidade azul e branca, mas acreditar e querer não basta. O jogo perfeito da equipa da Invicta diante do Arsenal mostra que o problema dos dragões não reside na falta de qualidade, ao contrário do que muitos teimam em afirmar. O plantel não tem a profundida­de que Conceição desejaria, é verdade, só que o dilema por resolver é outro: manter a atitude competitiv­a nos encontros da frente interna, alguns por vezes mais exigentes do que os desafios europeus, desde logo por enfrentare­m equipas que tiveram uma semana para preparar com toda a calma o próximo duelo. A missão de hoje é no terreno do Gil Vicente, que está a realizar uma campanha dentro das expectativ­as, cruzando posições mais ou menos tranquilas do meio da tabela, pelo que só um FC Porto ao melhor nível poderá evitar dissabores. O embate torna-se ainda mais importante porque, na ronda seguinte, os dragões defrontam o Benfica, em casa, o que se afigura com uma boa oportunida­de para reduzir distâncias para o topo da tabela. Como disse Conceição, é uma final. Sem vencer esta, o título passará a ser uma miragem, porque o tempo é de grandes decisões. Só à luz desta ideia se compreende o frenesim causado pela marcação do jogo europeu do Sporting com a Atalanta. Até à pausa para os compromiss­os das seleções, na segunda metade de março, o calendário dos três grandes estará muito preenchido, saltando logo à vista a semana que agora arranca, reservando dois clássicos ao Benfica, em Alvalade, a primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal e a já citada partida no Dragão, de hoje a oito dias. São, portanto, tempos de clarificaç­ão também na perspetiva das águias, que poderão embalar para uma ponta final de campeonato discutida lado a lado com o Sporting. Os sinais deixados pelos encarnados em França

São tempos de clarificaç­ão na época para os três grandes, com dois clássicos no espaços de uma semana

geram desconfian­ça, mas, ao contrário do que acontece com Sérgio Conceição, Roger Schmidt gere um plantel com profundida­de para poder mexer e até, na perspetiva dos que contestam as opções do treinador alemão, melhorar a produção de jogo.

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