Versão europeia em campo ao domingo
Pinto da Costa ainda acredita que o FC Porto pode ser campeão, Sérgio Conceição afirma que a Champions dos dragões é o Campeonato. Continuam em sintonia as duas grandes figuras da atualidade azul e branca, mas acreditar e querer não basta. O jogo perfeito da equipa da Invicta diante do Arsenal mostra que o problema dos dragões não reside na falta de qualidade, ao contrário do que muitos teimam em afirmar. O plantel não tem a profundidade que Conceição desejaria, é verdade, só que o dilema por resolver é outro: manter a atitude competitiva nos encontros da frente interna, alguns por vezes mais exigentes do que os desafios europeus, desde logo por enfrentarem equipas que tiveram uma semana para preparar com toda a calma o próximo duelo. A missão de hoje é no terreno do Gil Vicente, que está a realizar uma campanha dentro das expectativas, cruzando posições mais ou menos tranquilas do meio da tabela, pelo que só um FC Porto ao melhor nível poderá evitar dissabores. O embate torna-se ainda mais importante porque, na ronda seguinte, os dragões defrontam o Benfica, em casa, o que se afigura com uma boa oportunidade para reduzir distâncias para o topo da tabela. Como disse Conceição, é uma final. Sem vencer esta, o título passará a ser uma miragem, porque o tempo é de grandes decisões. Só à luz desta ideia se compreende o frenesim causado pela marcação do jogo europeu do Sporting com a Atalanta. Até à pausa para os compromissos das seleções, na segunda metade de março, o calendário dos três grandes estará muito preenchido, saltando logo à vista a semana que agora arranca, reservando dois clássicos ao Benfica, em Alvalade, a primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal e a já citada partida no Dragão, de hoje a oito dias. São, portanto, tempos de clarificação também na perspetiva das águias, que poderão embalar para uma ponta final de campeonato discutida lado a lado com o Sporting. Os sinais deixados pelos encarnados em França
São tempos de clarificação na época para os três grandes, com dois clássicos no espaços de uma semana
geram desconfiança, mas, ao contrário do que acontece com Sérgio Conceição, Roger Schmidt gere um plantel com profundidade para poder mexer e até, na perspetiva dos que contestam as opções do treinador alemão, melhorar a produção de jogo.