ESTADO DE LOUCURA
O Vizela estava a ganhar por 2-0 aos 82 minutos, ficou em desvantagem nos descontos e depois resgatou um ponto por Lebedenko
O Vizela esteve por cima na primeira parte, ficou em vantagem e adotou depois uma postura expectante. O Estoril conseguiu a reviravolta e depois deixou-se empatar.
LINO DEVESAS
Num jogo com um final ●●● eletrizante, recheado de emoções e angústias consoante a evolução do marcador, o Vizela desperdiçou uma boa oportunidade para vencer e assim encurtar a distância para o Estoril e para os lugares de permanência. Os minhotos chegaram aos 82’ a vencer por 2-0 e aos 90’+3’ estavam a perder por 2-3, resgatando o empate aos 90’+5’.
A equipa de Rubén de la Barrera, que trocou o habitual 4x2x3x1 pelo 3x5x2, entrou a todo o gás e, logo no primeiro minuto, Essende desperdiçou duas boas ocasiões para marcar. Incapaz de ultrapassar a pressão alta exercida pelos locais, a equipa de Vasco Seabra começou por privilegiar o controlo dos sustos provocados peladinâmicaofensivacontrária e só aos 21’ teve a primeira aproximação à baliza.
Pouco depois, e num espaço de dez minutos, Essende aproveitou
um cruzamento e uma assistência de Domingos Quina para colocar a equipa minhotacomumavantagemaparentemente confortável de dois golos, isto apesar de, mais tarde, Zanocelo ter tirado tinta ao poste vizelense. Sobre o intervalo, o árbitro ainda reverteu um penálti contra o Vizela e marcou uma falta atacante.
Na segunda parte, Vasco Seabra, naturalmente insatisfeito, juntou Cassiano a João Carlos no ataque, levando a uma subida da equipa estorilista no terreno, até pela atitude mais
expectantedoadversário,embora sem criar perigo. Porém, num canto de Raúl Parra, Marqués, de cabeça, reduziu a desvantagem aos 83’ e, de seguida, Zanocelo aproveitou um corte de Anderson contra Bruno Costa para empatar aos 85’. Atarantado, o Vizela lançouse ao ataque e, numa saída rápida, Rafik Guitane fez a reviravolta já nos descontos, um cenário que parecia impensável. Na pressão final, e após um canto de Samu, Lebedenko minorou os estragos e repôs a igualdade.
“Podíamos ter feito mais golos na primeira parte. Controlámos antes do 2-1, mas foram incompreensíveis as situações de golo. Sensação clara de derrota”
Rubén de la Barrera Treinador do Vizela
“Com o golo aos 83 minutos veio o entusiasmo para a reviravolta e, depois, a frustração pelo golo sofrido. Ficou o orgulho pela exibição” Vasco Seabra Treinador do Estoril