“Colosso europeu? Não será em breve...”
Antes do Al Hilal falouse de Barcelona, Arsenal, Liverpool... Quão perto esteve de rumar a um desses destinos?
—Estive perto de três clubes e acabou por não acontecer, o que me entristeceu e ajudou a tomar a decisão de rumar ao Al Hilal. Não queria avançar nomes, mas o Barcelona foi um dos mais badalados e não foi mentira. Esteve próximo de acontecer, tal como com o Arsenal. Depois havia outro clube fora de Inglaterra. Foram acontecimentos que se acumularam e, depois, com esta oportunidade de ouro, não tive qualquer dúvida na hora de aceitar. Já estava calejado com transferências que não acontecem.
Sente que ainda vai a tempo de abraçar essa aventura?
—Sem dúvida. Jogar na Arábia não me faz sentir qualquer diferença em relação aos meus colegas na Europa. A minha capacidade física está ótima. Estou no bom caminho para, um dia, poder volta à Europa e jogar ao mais alto nível. Mas, sendo sincero, não penso voltar em breve. A levar este caminho, a Arábia pode ter uma das ligas mais importantes do mundo dentro de dois anos. Não há segredo: a qualidade dos jogadores que chegam é elevadíssima. Se cada equipa apostar em oito estrangeiros desse nível, isto quase se torna um campeonato de PlayStation, em que podemos escolher os jogadores à vontade. Acredito que estarei por cá dentro de dois anos e, quem sabe, até mais um bocado.
Que legado sente ter deixado em Inglaterra?
—Acho que fiz um bom trabalho do Wolverhampton. Foram seis anos muito bons e felizes. Tenho um enorme carinho pelo clube, que é o que mais acompanho desde que vim para cá, a par do FC Porto. Fiquei com muito carinho pelos jogadores, pelas pessoas que lá trabalham, pela cidade... Muitas vezes, digo à minha mulher que, numa folga mais prolongada que tenha, quero lá voltar para sentir o estádio e as pessoas. Fui muito acarinhado.
E sobre os portugueses que deixou por lá?
—O Pedro Neto é das pessoas com quem mais falo. Tenho muito contacto com ele. Com ele, com o Nélson Semedo, o José Sá... São amigos que não perdemos. Acompanho quase todos os jogos dos Wolves e estou muito feliz com o que têm feito. Estão todos em grande forma, o que é bom para eles, para o clube e para Portugal.