Para cá do Marão...
Uma expressão de protesto e de luta pelo abandono a que a região, durante anos, foi sujeita caracteriza na perfeição a relação de força entre o mítico campo do Calvário e o SC Vila Real. Há duas semanas falávamos do impacto que duas ou três vitórias seguidas poderiam ter na tabela classificativa. Nos últimos quatro jogos, somou três vitórias e um empate, o que fez com que abandonasse a zona de despromoção. O campo do Calvário é a fortaleza da equipa, com bancada quase sempre esgotada, ou perto disso, o “Bila”, em casa, apenas perdeu um jogo. Nuno Barbosa é o treinador. Personalidade vincada e forte, exigente e um currículo com várias experiências como treinador principal de Liga 3 e CdP, e treinador-adjunto de I e II Ligas.
A equipa apresenta um modelo de jogo à sua imagem. Defensivamente muito agressivos, pressionantes, não deixam os adversários respirar e quando não recuperam a posse de bola, matam o jogo com faltas, não permitindo muitas situações de finalização. No momento ofensivo, apresentam dinâmicas simples e objetivas. Procurando ligar jogo pelos corredores laterais, na tentativa de encontrar condições para criar situações de finalização de forma prática, ou ligar no ponta-delança como referência ofensiva, com passe longo. Há vários jogadores que se têm destacado. Na baliza, Nuno Madureira é um guarda-redes que dá pontos. Luís Henrique, central experiente, tecnicamente muito bom e com muitos jogos de CdP. “Simãozinho” enche o meio-campo, um verdadeiro box to box; na frente, André Azevedo, que dispensa apresentações, sobre a ala e André Liberal são ameaças constantes à baliza adversária.