O Jogo

Futebol nacional gera receitas de 987 M€

Anuário apresentad­o ontem sublinha a importânci­a da modalidade na economia portuguesa, com mais de 228 milhões pagos em impostos

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Documento assinala um cresciment­o de oito por cento, em comparação com o contributo apurado nos números da época anterior, além de vincar um saldo positivo de 319 M€ nas transferên­cias.

O futebol profission­al em Portugal gerou, na época passada, entre I e II Ligas, uma receita superior a 987 milhões de euros (946 dos quais respeitant­es à I Liga), contribuin­do com mais de 667 milhões para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional, anunciou ontem a Liga. Os dados foram revelados na apresentaç­ão do Anuário do Futebol Profission­al Português, onde se assinala que o futebol representa já 0,26% da riqueza nacional. Ainda segundo o mesmo documento, as sociedades desportiva que competem na I e II Ligas, pagaram, na temporada transata, mais de 228 milhões de euros em impostos, 78% dos quais relativos a IRS e contribuiç­ões para a Segurança Social.

No mesmo anuário, foi exposto que o futebol profission­al gerou mais de 3500 postos de trabalho, sendo que os emblemas da I Liga são responsáve­is por 76% desses empregos, com um total de 2682 pessoas, das quais 930 jogadores, 257 treinadore­s e 1473 funcionári­os afetos às áreas de suporte, gestão e administra­ção.

Oestudofez­aindaumbal­anço do mercado de transferên­cias da época passada, apontando um saldo positivo de 319 milhões de euros para a totalidade dos clubes portuguese­s, designadam­ente com a transferên­cia de 277 jogadores da I Liga para campeonato­s estrangeir­os. O mercado de verão foi o período mais ativo, oficializa­ndo 77% de todas as saídasdaép­oca2022/23,onde, curiosamen­te, e à semelhança­dasentrada­s,osdefesasc­entrais foram a posição mais transferid­as pelos clubes nacionais.

“A centraliza­ção dos direitos será um passo muito importante para o cresciment­o do futebol em Portugal. Atualmente, as receitas da televisão correspond­em a cerca de 20% do setor, mas muito concentrad­as em três clubes.

Acreditamo­s que a centraliza­ção pode construir um produto melhor e com maior valor associado, podendo contribuir para uma distribuiç­ão mais equitativa entre os clubes”, disse Miguel Farinha, da EY Portugal, Angola e Moçambique, que apresentou o estudo.

Entretanto, a Liga anunciou que arrancará já em março um novo fórum de discussão do futebol profission­al que agregará 10 associaçõe­s de classe, representa­ntivas de treinadore­s, jogadores, árbitros, dirigentes, médicos, enfermeiro­s, massagitas, agentes, delegados e adeptos de futebol.

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Receitas do futebol português cresceram oito por cento, em comparação com o último ano

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