O Jogo

“Vamos querer dominar o jogo”

RÚBEN AMORIM Identidade Um dérbi é um dérbi, mas o treinador do Sporting garante que a sua equipa não vai abdicar da atitude dominadora que a tem caracteriz­ado

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Moderadame­nte otimista foi o discurso do líder dos verdes e brancos, salientand­o que hoje vai defrontar o campeão em título, atual líder e com um plantel no qual abundam os jogadores de qualidade.

RODRIGO CORTEZ

Rúben Amorim tem ainda ●●● dúvidas em relação à forma de jogar do Benfica, salientand­o várias nuances que podem mudar o ataque das águias. Mas de uma coisa o treinador tem a certeza: a sua equipa vai jogar para ter a bola no pé e mandar no jogo.

O Sporting vinha de um grande momento, mas teve depois dois empates seguidos. O Benfica é o adversário ideal para a sua equipa conseguir reagir?

—É o adversário que temos. O momento era pior no ano passado quando chegou o dérbi e jogámos muito bem. É uma competição diferente, a duas mãos e temos que ser inteligent­es na abordagem. Vamos jogar da nossa maneira, a querer ganhar, a querer dominar o jogo, sabendo que do outro lado teremos um adversário com muitos jogadores que têm muita qualidade. São campeões, estão em primeiro no campeonato.

Preparado para um Benfica com frente de ataque móvel ou com um nove puro, seja ele qual for?

—O Benfica é difícil de prever, não na sua dinâmica, porque sabemos que joga com quatro defesas e com dois médios centro, mas que muda consoante os jogadores que tem. Se jogar oNere sou o João Mário na mesma posiçãoé completame­ntediferen­te. Se o Rafa jogara avançado, ave loci da deé diferente do Cabral ou do Tengstedt. O João Mário pode jogar no meio e quanto aos laterais, por exemplo, é completame­nte diferente se jogar o Aurnses ou se jogar o Morato. Temos isso tudo preparado.

Mas como imagina que o Benfica se vá apresentar em campo?

—Espero sempre um Benfica forte. Tem jogadores que podem resolver a qualquer momento. Depois nós, consoante o onze do Benfica, temos de ir adaptando a nossa forma de defender. Porque atacar vamos fazê-lo da forma de sempre. Vamos querer ter a bola. Os empates nos últimos

dois jogos deixam a equipa mais pressionad­a? E este, que impacto pode vir a ter?

—Acontece sempre em todos os jogos e num dérbi há sempre esse impacto psicológic­o. Mas pode mudar logo no jogo a seguir, porque podemos ter um jogo muito bom e no a seguir toda a gente pensa que vamosganha­remudatudo­outra vez. Impacto vai ter é na preparação do próximo desafio. Acontece sempre que há um dérbi, principalm­ente numa competição a decidir. Isso vaise sentir.

O Benfica tem homens experiente­s, como Di María, que jogou consigo,

enquanto o Sporting não tanto. A inexperiên­cia pode pesar no jogo?

—Os erros que temos tido não podem ser atribuídos à inexperiên­cia. Às vezes é azar, mas por vezes somos nós que os provocamos. Ou porque estamos desconcent­rados, ou porque não damos o máximo, ou porque temos que recuperar defensivam­ente todas as bolas a cem por cento, porque estamos nessa fase em que por vezes um remate dá golo. Mas inexperiên­cia não. Somos grandinhos o suficiente para ganharmos estes jogos e para não perdermos jogos em que há poucas oportunida­des.

“Estamos nessa fase em que, por vezes, um remate que sofremos resulta num golo contra nós”

“Somos a equipa que sofre menos ataques e menos remates, mas temos sofrido mais golos do que outras”

Rúben Amorim

Treinador do Sporting

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