“NA FORMAÇÃO NUNCA FUI A PRIMEIRA OPÇÃO”
Rui Pedro, guarda-redes internacional português, recorda com O JOGO os momentos-chave que lhe moldaram a carreira e pretende continuar a dar muito ao futsal o guarda-redes cumpre a décima temporada no principal escalão português
Aos 30 anos, e com a ambição de alargar os horizontes desportivos, o portuense decidiu mudar-se para o Caxinas no início da temporada, proveniente do Póvoa Futsal, da II Divisão.
JOÃO FERNANDO VIEIRA
O percurso de Rui Pedro no futsal destaca-se pela resiliência e determinação. O guarda-redes, natural do Porto, deu os primeiros passos na modalidade ao serviço do Fonte da Moura, antes de passar por clubes emblemáticos como Boavista, Modicus e Póvoa Futsal, onde escreveu capítulos felizes. “Foi uma evolução notável, porque na formação nunca fui a primeira opção.Sónomeu primeiro ano como sénior, no Boavista, é que tive a oportunidade de jogar. A partir daí foi sempre a subir. Sempre tive a felicidade de contar com diretores, treinadores e colegas que me ajudaram ao longo de todos estes anos”, conta o futsalista a O JOGO.
O internacional português não esquece as lições que aprendeu ao longo da caminhada no futsal e assume um compromisso contínuo com o crescimento. “Procuro sempre seguir os passos dos melhores, absorvendo cada momento da nossa liga e até mesmo os destaques da liga espanhola. Há sempre algo novo para aprender e para aplicar no nosso próprio jogo. Quanto à componente mental, ela é o verdadeiro alicerce de um jogador. Com o passar dos anos e dos erros cometidos tenho procurado encarar cada obstáculo como uma oportunidade de crescimento, o que me fortalece cada vez mais a nível psicológico. Ainda tenho muito para dar”, diz o guardião que tem mais de 100 jogos no principal escalão.
Com 30 anos, o experiente guardião trocou a II Divisão pelo Caxinas, no início da época, impulsionado pelo desejo de superação. “É uma realidade completamente diferente daquela a que estava habituado, em todos os aspetos e até mesmo incomparável, mas tem sido uma experiência muito positiva. O grupo é uma mistura de juventude e experiência, e a relação é incrivelmente forte e unida”, partilha Rui Pedro, destacando a importância da identidade e do apoio dos adeptos caxineiros na sua decisão. “Sem dúvida que são essenciais. Arriscaria dizer que o Caxinas é um dos clubes com maior apoio dos adeptos nos jogos em casa. Ver o pavilhão cheio é extremamente gratificante e isso motiva-nos ainda mais a dar-lhes momentos de orgulho.”
“A componente mental é o verdadeiro alicerce de um jogador”
“Ver o pavilhão cheio é gratificante e isso motiva-nos ainda mais”
Rui Pedro Guarda-redes do Caxinas