Gonçalo Ramos safa contas da Luz
SAD do Benfica registou um lucro de 18 milhões de euros no primeiro semestre de 2023/24 graças à venda do goleador
Documento ontem enviado à CMVM contempla a subida do valor do ativo e a ligeira diminuição do montante referente ao passivo. Vendas de janeiro renderam 23,5 milhões, que podem subir mais seis.
A SAD do Benfica apresentou ontem, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, um lucro de 18 milhões de euros no primeiro semestre da temporada 2023/24, valor muito inflacionado pelo registo neste período da transferência de Gonçalo Ramos para o PSG, por 65 milhões de euros (mais 15 por objetivos), bem como de mais 23,5 milhões – podem aumentar mais seis milhões devido a bónus – resultantes das saídas, em janeiro, de João Victor, Lucas Veríssimo, Chiquinho e Musa.
A sociedade encarnada destaca o “regresso aos resultados positivos no primeiro semestre; a situação muito sólida do ponto de vista económico, com capitais próprios superiores a 131 milhões de euros; crescimento na área comercial e matchday, o que expressa uma grande adesão dos adeptos; ativo a crescer em face da valorização do plantel e o crescimento dos rendimentos totais para um valor superior a 180 milhões de euros, com forte aumento em comparação com o período homólogo.”
No comunicado, as águias informam que o ativo sofreu um aumento em relação ao período homólogo. O atual valor corresponde a 573,4 milhões de euros, representando um aumento de 2,8% face aos 557,8 milhões de euros que constavam no exercício anterior. Por outro lado, o passivo diminui e fixa-se agora nos 442,2 milhões de euros, valor que corresponde a um decréscimo de 0,6% face ao período homólogo. Os capitais próprios subiram, assim, de 113,2 M€ para 131,3 M€.
Olhando de novo à parte das transferências, o Benfica confirma que Vlachodimos saiu por 4,9 M€ mas o valor poderá chegar aos 9,3 M€ mediante objetivos, percebendo-se que o empréstimo de Jurásek inclui opção de compra de 11 M€ (mais um de bónus) depois de ter custado 14 M€. João Victor pode render mais 30% futuros e Musa mais 10%. De referir ainda que o empréstimo de Schjelderup ao Nordsjaelland permitiu cortar o investimento de 14 M€ para 11,7 M€, enquanto a venda de Ristic, por 1,5 M€, pode gerar o dobro mediante objetivos ou 50% de uma futura venda.