O Jogo

Sérgio Conceição “Ainda há muito para ganhar até ao final”

Treinador portista sustentou que não era preciso ser-se um catedrátic­o de futebol para perceber a satisfação que sentia após carimbar a sétima presença nas “meias” da prova rainha

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A atitude demonstrad­a pelos dragões agradou ao técnico, alvo de processo disciplina­r por ter dito com o Rio Ave que por vezes joga mais do que contra 11. “É o futebol português no seu melhor”, ironizou.

BRUNO FILIPE MONTEIRO

Sérgio Conceição vincou ●●● que todos os elementos do FC Porto devem encarar os jogos como se fossem os últimos das suas vidas.

“[CD da FPF] Metem-me processos por deduzirem algo que eu possa pensar, mas sem dizer”

O golo sofrido obrigou o FC Porto a ir atrás?

—Entre Barcelos e hoje, nuns segundos, sofremos dois golos. Temos de fazer mais e melhor. Há também algum mérito do adversário. Jogámos com alguma dificuldad­e, não só contra onze, mas também com o vento, que dificultou muito. Tenho que dizer o vento, porque levei um processo por dizer isto contra o Rio Ave, senão vão pensar que... Eles deduzemede­poismetem-me processos por deduzirem algo que eu possa pensar, mas sem dizer. Agora lembrei-me, porque recebi a notificaçã­o. É o futebol português no seu melhor. O vento dificultou muito a dinâmica das duas equipas, só que na segunda parte, como estávamos contra o vento, tivemos a possibilid­ade de jogar de forma mais ligada e apoiada. Conseguimo­s, naturalmen­te, chegar aos golos, num campo difícil, sempre com esta dificuldad­e de um jogo muito físico, com muitas primeiras bolas, segundas

“Uma boa vitória, que não nos dá nada, mas que nos mete nas meias-finais da Taça de Portugal”

bolas... É sempre difícil jogar contra equipas que se batem desta forma. Uma boa vitória, que não nos dá nada, mas que nos mete nas meiasfinai­s da Taça de Portugal.

Gostou mais da atitude na segunda parte?

—A atitude competitiv­a tem de estar presente em quem represente este clube. Quando não está, não nos vemos nessa postura. Temos de olhar para cada jogo até ao final como se fosse o último jogo das nossas vidas. Não só os jogadores, mas a equipa técnica, os departamen­tos que trabalham connosco, o público, que tem sempre uma forma

apaixonada de apoiar. No final veremos se é uma época positiva. Se tiverem esses ingredient­es nos jogos... Há critério na opinião dos adeptos e eles sabem que, quando a equipa dá tudo, até pode não ganhar, mas honra o ADN do clube.

Retoma do jogo neste dia foi vantajosa?

—Não vi isso, porque sofremos o golo logo no reatamento. É verdade que o campo estava bem melhor. Acho inacreditá­vel poder jogar-se... Jogar não, andar no campo durante 27’. Não é só pelo jogo que não se pratica, mas também com a possibilid­ade de

poder haver uma lesão.

A Taça de Portugal passa a ser uma prioridade?

—Não. A prioridade é todos os jogos dar o máximo. Ter essa boa organizaçã­o, atitude, compromiss­o e foco por parte de toda a gente. Depois, no final, faremos as contas. Ainda há muito a ganhar até ao final e estamos aqui a lutar.

“Temos de olhar para cada jogo até ao final como se fosse o último jogo das nossas vidas”

Não perdeu jogadores para o clássico...

—Pensei unicamente neste jogo, porque se a pensar neste tivemos tantas dificuldad­es, imagino se pensasse em dois. Com certeza não sairíamos daqui com as meias finais adquiridas.

“A prioridade é todos os jogos dar o máximo. No final, faremos as contas”

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Sérgio Conceição diz que os adeptos percebem quando a equipa honra o clube

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