O Jogo

“Continuida­de de jogo é o que Nélson precisa”

A saída de André Silva para o São Paulo será “uma excelente janela de oportunida­de” para o avançado, defende Carlos Brito, técnico que o lançou na I Liga

- MELO ROSA

Foi opção de banco desde que chegou ao clube, no mercado de inverno, e perfila-se como a principal solução para preencher a vaga no eixo do ataque. O concorrent­e é o espanhol Adrián Butzke.

A saída de André Silva para o São Paulo, que deverá ser oficializa­da em breve, abre as portas da titularida­de a Nélson Oliveira. O ponta-de-lança internacio­nal português foi opção de banco de Álvaro Pacheco em cinco jogos desde que foi contratado, em janeiro, ao contrário do espanhol Adrián Butzke, a outra solução para a posição, que não tem sido utilizado.

Nélson Oliveira cumpriu, na receção ao Casa Pia, o jogo 50 na I Liga, onde se estreou com apenas 18 anos, quando, provenient­e dos juniores do Benfica, ingressou no Rio Ave, então orientado por Carlos Brito. “Está mais evoluído. As passagens pelos muitos clubes estrangeir­os que represento­u fizeram-lhe bem”, defende o treinador, a propósito do perfil atual jogador que passou por nove clube clubes de outros campeonato­s europeus. “Com o André Silva dificilmen­teaoportun­idadeirias­urgir. A partir deste momento, o ÁlvaroPach­ecoirácont­armais com o Nélson. Tem, por isso, condições para se tornar num jogador importante. Saíram o

Safira e o André Silva; ele chegou em janeiro e será um reforço influente”, perspetiva.

Carlos Brito recorda que Nélson Oliveira era, no arranque da carreira, “um miúdo reservado e sempre bem disposto.” “Havia muito espírito de companheir­ismo no Rio Ave e, por isso, adaptou-se facilmente. Acho que isso o ajudou muito a crescer”, diz. O avançado participou em 12 jogos na equipa de Vila do Conde . “Tinha já uma capacidade técnica apurada”, lembra Brito. “Possuía

umpormenor­importante­que me chamava a atenção: maturidade acima da média, pela forma como conseguia cobrir a bola e colocava o corpo quando os defesas se aproximava­m”, detalha, descrevend­o-o como um atacante que “chutava bem com os dois pés.” “Fomos buscá-lo porque precisávam­os de um ponta-delança com qualidade”, justifica o técnico, que somou 423 jogos no escalão principal.

Com a experiênci­a ganha nas equipas por onde passou e também pela Seleção Nacional - esteve no Europeu de 2012 -, “a ascensão foi-se dando” e agora o que necessita, aponta Carlos Brito, “é continuida­de de jogo.” “Com a saída do André Silva abre-se uma excelente janela de oportunida­de. Não foi por acaso que o Álvaro Pacheco o foi buscar em janeiro. Sabia que teria ali uma boa alternativ­a. Se o Vitória o contratou, é porque dá garantias para ser o ponta-delança que precisa”, reforça o também comentador.

“Não foi por acaso que o Álvaro Pacheco o foi buscar em janeiro. Sabia que teria ali uma boa alternativ­a”

Carlos Brito Treinador

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Nélson Oliveira procura o primeiro golo ao serviço do V. Guimarães

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