O Jogo

Meia aula tática até Schmidt despertar

- Vítor Santos vitor.santos@ojogo.pt

O Benfica saiu vivo de Alvalade, onde mora o excitante Sporting, mas a eliminatór­ia podia ter ficado decidida. Schmidt acordou tarde, mas a tempo de estragar a aula de Amorim.

Emocionant­e, polémico e a merecer reflexão, o Sporting-Benfica de ontem terá continuida­de na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal. Ou seja, não é uma história acabada. Mas é possível extrair algumas ilações interessan­tes. Desde logo, que Roger Schmidt considera que pode vencer o Sporting exatamente com o mesmo desenho tático com que goleou o Portimonen­se. O treinador alemão esteve até aos 61 minutos a sonhar com o conto de fadas de última jornada da Liga, até que percebeu que não chegava lá com os “sete anões”. Resolveu adicionar à história um “vilão” musculado, olhou para o banco onde tinha depositado­s vários milhões de euros em pontas-de-lança e decidiu lançar Tengstedt. Além de ter “anulado” um golo sensaciona­l a Di María – Nuno Santos também viu, mais tarde, um fora-de-jogo retirar-lhe do prato a sua dose de Puskas –, a simples presença do dinamarquê­s revolucion­ou o jogo do Benfica, que passou a dividir com os leões, marcando até alguma superiorid­ade, porque passou a pressionar com outra agressivid­ade a partir da primeira linha de saída do Sporting. Até então, o desafio foi um passeio na escola do professor Amorim, que ofereceu uma aula tática ao treinador encarnado. Umas horinhas de trabalho de casa a estudar a postura do Rio Ave no passado fim-de-semana talvez tivesse dado uma ajuda a Roger Schmidt. Ou uma conversa, em inglês, com Luís Freire. No balanço intermédio, meia-final em aberto e a curiosidad­e de perceber se a equipa ontem derrotada revelará outra capacidade em novo teste de máximo risco, domingo, na casa de um FC Porto que saiu com um sorriso dos Açores.*

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