O Jogo

A IMPORTÂNCA DA CALMA TÁTICA

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Depois da bola a flutuar numa poça de água, o jogo retomou com a bola, seca, a voar num poço de ar (vindo dum lançamento longo de linha lateral) e ser ganha três vezes por jogadores açoreanos a uma defesa portista presa à relva. Um impacto emocional que provocou imediato abalo tático reativo de Conceição. A passagem para 3 defesas com João Mário lateral esquerdo e Galeno no meio junto de Evanilson levaria, porém, a equipa a anarquia tática ofensiva, muitos homens na frente mas pouca lucidez na construção ofensiva. O perigo de ficar nessa versão comida pela própria ansiedade em virar o resultado podia dar ao Santa Clara a hipótese de, na expectativ­a,esperaromo­mento para o contra-ataque.

O intervalo foi, nesse sentido, mais produtivo para o FC Porto pensar bem o jogo do que as longas semanas que separaram o seu começo e final. O reequilíbr­io com que abordou a segunda parte, mantendo linha

Após a reação tático-emocional ao golo sofrido, o resgate da cabeça e jogo

de 3 atrás para atacar, mas tendo mais jogo posicional com Galeno na esquerda e Namaso junto de Evanilson na dupla de ataque,soltouaequ­ipaparaum 4x4x2 em posse que, impulsiona­do pelos “zig-zags” inventivos de Chico Conceição na direita, viraram o jogo e o 5x4x1 defensivo açoreano de pernas para o ar. Foi a reação… racional. Equilibrar ofensivame­nte a equipa no campo todo através das três linhas para desequilib­rar o adversário. Feito isso, tempo de gerir posse e passe no meio-campo “a dois” com Nico González. O coração dum médio nº8 controlado­r a crescer. O sítio e ritmo certos após o susto aéreo inicial.

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