O Jogo

“Espero acabar o jogo com onze...”

SÉRGIO CONCEIÇÃO Dragões terminaram os três clássicos anteriores em inferiorid­ade numérica e o treinador não quer ver o filme repetir-se

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Técnico dos azuis e brancos deseja que João Pinheiro e o VAR “sejam competente­s” e vinca que não olha para o duelo com o Benfica como jogo “de tudo ou nada”. “Dou-me bem com a pressão”, garante.

FRANCISCO SEBE

O FC Porto conta por derrotas ●●● os três clássicos anteriores da época, mas quer dar a volta ao texto hoje, na receção ao rival Benfica. Para isso, entende Sérgio Conceição, é importante “acabar com onze jogadores” numa partida onde a pressão é bem-vinda, mesmo que não se trate de um jogo de “tudo ou nada”.

É um jogo de tudo ou nada para o FC Porto?

—Não ganhámos em Barcelos e as coisas ficaram mais difíceis. Não há jogos de tudo ou nada, há jogos para ganhar. O próximo é com o Benfica, detentor do título, e não é com essa diferença pontual que vamos prepará-lo, mas olhando para o adversário. Vai ser necessário um FC Porto no seu melhor, a perceber o que tem de fazer no jogo. Não vamos pensar em mais nada, não vale a pena. O que passou, passou. É dissecar os jogos ao máximo, ver o que fomos fazendo e não pensar nessa diferença ou naquilo que pode representa­r este jogo nas contas finais.

Tentou retirar alguma pressão aos jogadores?

—Já tive a oportunida­de de dizer que se não há pressão, eu crio-a. Não vejo que o meu discurso seja para tirar pressão. Gosto de pressão, os jogadores sentem-na e prova disso é que na Liga dos Campeões a pressão é enorme e temos dado resposta positiva. O que disse no final do jogo nos Açores foi que toda a gente, dos diferentes departamen­tos até aos adeptos, tem de dar tudo em prol do clube e fazer cada jogo como se fosse o último da época. Devia ser assim desde o início. Já não é possível voltar atrás.

Um resultado menos positivo faria do segundo lugar a prioridade? —Estamos em terceiro lugar, temos de dar uma olhadela para quem vem para trás e para a frente. Se começamos a olhar muito para trás e para a frente, podemos tombar. A pressão faz parte do que é trabalhar num clube grande, habituado a ganhar títulos e com a obrigação de ganhar. As pessoas, e isto é culpa do nosso presidente, estão mal habituadas, porque antes da entrada dele os títulos não eram assim tantos. Dou-me bem com a pressão.

O que tem falhado nos clássicos desta época?

—Espero acabar o jogo com onze, como disse o Rúben

“Gosto de pressão, os jogadores sentem-na e prova disso é que na Champions a pressão é enorme e temos dado resposta positiva”

Sérgio Conceição Treinador do FC Porto

SÉRGIO CONCEIÇÃO

“O que disse no final do jogo nos Açores foi que toda a gente, dos diferentes departamen­tos até aos adeptos, tem de dar tudo em prol do clube”

“Se começamos a olhar muito para trás e para a frente, podemos tombar”

“As pessoas, e isto é culpa do presidente, estão mal habituadas, porque antes da entrada dele os títulos não eram assim tantos”

Amorim. Na Luz fizemos um excelente jogo, mas tivemos uma expulsão no início. Na Supertaça, até ao golo do Benfica controlámo­s e fomos mais fortes. Mesmo em Alvalade, apesar de o Sporting ter feito um bom jogo, houve momentos em que merecíamos um bocadinho mais. Posso arranjar mil desculpas, mas temos de ser mais competente­s e ganhar jogos. Amanhã [hoje], temos a oportunida­de de fazer isso. Temos um adversário com valia pela frente, queremos preparar o jogo e ganhá-lo sem olhar muito para as estatístic­as. Não quero adormecer nisso, até porque o meu historial é positivo.

“Não há jogos de tudo ou nada, há jogos de ganhar e o próximo é com o detentor do título”

“Mesmo em Alvalade, houve momentos em que merecíamos um pouco mais”

Já referiu que o FC Porto acabou os clássicos desta época com 10 jogadores. O que espera a nível disciplina­r?

—O que posso desejar é que João Pinheiro, a equipa de arbitragem e o VAR sejam competente­s. No final, que não seja por algum erro deles que o jogo se possa decidir.

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