O Jogo

“Não estou aqui a dar moral de barato”

Sérgio Conceição lembrou que Benfica não perdia desde novembro, focando o registo defensivo

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●●● Di María e Rafa são “dois jogadores muito experiente­s, acima da média”, mas o Benfica “vale pelo seu todo”, analisa Sérgio Conceição. Na hora de dissecar o adversário desta noite, o treinador do FC Porto destacou os números defensivos do rival e não só. “Temos tendência de olhar para o jogador que faz a diferença, mas o Benfica perdeu o primeiro jogo, no Bessa, e não perdeu mais [na I Liga]. Não estou aqui a dar moral de barato. Com maior ou menor dificuldad­e, têm feito o seu trajeto. Tirando oeste jogo como Sporting e ameia-final da Taçada Liga, nos penáltis, não perde há quatro meses. Não são só as individua lida des.Éa defesa menos batida da I Liga e isso diz que há trabalho coletivo. Não embarco muito nisso, temos de olhar para a equipa como um todo”, salientou o técnico dos dragões.

Certo de que a derrota das águias em Alvalade, na quinta-feira, não terá influência na postura encarnada no Estádio do Dragão, Conceição lembrou que “é normal que, à medida que o campeonato vai caminhando para o final, os jogos ganhem o seu peso”, e não arriscou uma aposta sobre o modelo ofensivo a apresentar por Roger Schmidt. Nesse âmbito, aliás, aproveitou para desconstru­ir a noção de “ataque móvel”. “Depende da mobilidade, mesmo com jogadores que não sejam referência­s no setor ofensivo. Às vezes, pega-se em algo que é dito por algumas pessoas, não aprofundad­o, e depois diz-se que é ataque móvel por serem jogadores pequeninos, de caracterís­ticas diferentes. Por vezes não é assim. Às vezes um ataque é muito mais móvel até com dois avançados de 1,90 metros na frente”, detalhou Sérgio Conceição.

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