O Jogo

“Todos confiantes na vitória no clássico”

Presidente portista lembrou que não existem vencedores antecipado­s e concordou que o encontro de hoje com o Benfica é decisivo

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

Na apresentaç­ão de três elementos da equipa diretiva que levará a eleições, o líder dos dragões reiterou que as máquinas começarão a construir a academia na Maia antes da data do sufrágio (27 de abril).

Convicto de que” tinha de dar um impulso novo à ação da Direção”, Pinto da Costa apresentou ontem Marta Massada, António Oliveira e João Rafael Koehler como membros da lista que levará a eleições do FC Porto, marcadas para 27 de abril. Numa cerimónia com cerca de 150 pessoas num hotel da Invicta, o presidente dos dragões explicou que as escolhas assentaram em quatro pilares que serão comuns a todos os que se seguirem. “O rigor tem de ser cada vez maior, a competênci­a não pode ter falhas, uma ambição de fazer sempre melhor e, sobretudo, com uma grande paixão. Não quero ninguém na minha equipa por ter interesses televisivo­s ou de compra e vendas de jogadores. Os sócios efetivos desde novembro do ano passado não têm lugar na minha equipa, porque não têm o que é essencial: paixão pelo FC Porto”, sublinhou.

Com a promessa de “recuperar mais no aspeto financeiro” e ser “ambiciosos no campo desportivo”, Pinto da Costa explicou que se candidata “por uma última vez” por pretender concluir “um grande sonho”. “A nossa academia, ainda antes das eleições, estará com os tratores – creio até que já estão – no terreno. É uma necessidad­e para o nosso futuro”, lembrou o presidente dos azuis e brancos, prometendo para “brevemente” um convite para “assistir à inauguraçã­o e a ver a maquete”. “A primeira pedra já está, porque eles já estão lá a destruir aquilo. Mas, se lhe quiserem chamar assim, pode ser”, afirmou, embora os desejos para o próximo mandato não se fiquem por aqui. “O passado é passado, as vitórias que conquistám­os

estão no museu, são um incentivo, mas não pode ser o futuro. O futuro tem de ser mais vitórias, em todas as modalidade­s, mais progresso, aumentar o número de sócios, aumentar o número de casas, fazer realmente a academia, que está praticamen­te a iniciar-se, e lutar pela união do FC Porto, porque essa é a base que foi sempre importante ao longo destes meus 42 anos de presidente”, recordou.

Pinto da Costa diz-se “sempre aberto ao diálogo”, mas apenas com quem “respeitar e não ofender” o FC Porto. “Podem ter a certeza que não serei presidente para andar aos abraços ao presidente do Benfica e do Sporting ou para dizer que Portugal não é um país vergonhosa­mente centralist­a”, criticou o líder portista, convencido de que o resultado do clássico de hoje, com o Benfica, e dos jogos que se seguirem até ao ato eleitoral não terão interferên­cia na campanha. “A equipa de futebol merece-me a maior confiança. Fez, ainda há pouco, uma exibição fantástica

contra o Arsenal, que é uma das melhores equipas da Europa, confio inteiramen­te

neles. Mas, se algo correr mal, não altera nada a minha determinaç­ão em ter uma equipa melhor e um treinador como o que temos”, assegurou, concordand­o que o encontro de hoje, com os encarnados, é decisivo. “Se o FC Porto perdesse, deixava de ter hipóteses. Mas estamos confiantes que vamos ganhar. Agora, não existemven­cedoresant­ecipados. Se existissem, não tínhamos ganho ao Arsenal”, finalizou.

“Não andarei aos abraços ao presidente do Benfica e do Sporting”

Pinto da Costa Presidente do FC Porto

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João Rafael Koehler, Marta Massada, Pinto da Costa e António Oliveira

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