O Jogo

“Não é suficiente marcar para jogar”

Arthur Cabral e Marcos Leonardo estavam a viver boas fases no capítulo da finalizaçã­o, mas o técnico quer “o pacote completo”

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A dupla de pontas-de-lança perdeu espaço nos últimos jogos quer pela aposta no ataque móvel quer pelo regresso de Tengstedt. Schmidt diz que a titularida­de “depende” de cada um e do seu rendimento.

Arthur Cabral e Marcos Leonardo vão ter de acelerar o passo rumo à titularida­de. A dupla recebeu ontem um alerta do técnico, que desvaloriz­ou a veia goleadora. Cabral, que tem cinco golos em 2024, só foi titular uma vez nos últimos quatro desafios e Marcos Leonardo, que fizera quatro golos a sair do banco, perdeu espaço nos últimos três duelos. Schmidt quer mais. Arthur Cabral saiu do onze quando estava no melhor período e não pareceu satisfeito no dérbi. Falou com ele? Vai manter a

opção num ataque móvel?

—Temos de olhar ao equilíbrio da equipa e encontrar a melhor abordagem. Depende sempre dos próprios jogadores terem um desempenho de alto nível. A cada treino e a cada minuto têm de dar 100%. Se o fizerem e forem melhores do que outros e nós enquanto equipa formos também melhores então jogam, é muito fácil. As oportunida­des são as mesmas e são eles que fazem as minhas decisões.

Arthur Cabral estava numa boa fase e saiu da equipa. Marcos Leonardo, que também estava a marcar, só fez um minuto em três jogos. Isso pode colocar em perigo a sua confiança?

—Talvez. Todos querem jogar desde início e os 90 minutos. A minha tarefa não é dar minutos porque marcam. Contra o Vizela marcámos seis golos sem eles e com o Portimonen­se marcámos quatro. Não temos problemas em marcar golos. A minha tarefa é sempre encontrar o melhor equilíbrio para a equipa para controlar e dominar os jogos com e sem bola e em pressão. Decido sempre em função disso. Eles podem marcar golos, mas tambémpode­mos marcar com eles no banco. Mesmo que tenham marcado em dois ou três jogos de seguida isso para mim não édec is ivo.Éo que todos têm de aceitar, depende deles mostrarem que são completos, não só a marcar golos, mas em termos táticos, têm de estar envolvidos na pressão, nas transições e ajudarem a equipa a ser compacta em termos ofensivos e defensivos. Têm de mostrar o pacote completo, não é suficiente marcar golos, isso não é suficiente para jogar no Benfica.

“A cada treino e cada minuto têm de dar 100%. Se o fizerem e forem melhores e nós enquanto equipa também então jogam” Roger Schmidt Treinador do Benfica

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Arthur Cabral perdeu espaço no onze mesmo a marcar golos

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