O Jogo

A luta continua...

- Passe de Letra

1 Passou, talvez, algo despercebi­do aos principais meios de comunicaçã­o social e mesmo a alguns adeptos menos atentos, aquele que foi, na minha opinião, um dos feitos maiores do nosso futebol de formação, quase equiparáve­l aos títulos nacionais de juniores e juvenis que já conseguiu alcançar: falo da excelente carreira dos nossos jovens atletas na Youth League. Após um percurso sem qualquer derrota, tendo defrontado as equipas do Real Madrid, Nápoles, U. Berlim, Partizan Belgrado e AC Milan, acabou derrotado por esta última equipa, mas apenas na lotaria dos penáltis, após um jogo durante o qual foi muitas vezes superior e que terminou empatado a duas bolas. Um excelente feito da nossa academia, que cada vez mais se afirma como um viveiro de grandes atletas. Parabéns a todos, na pessoa do Hugo Vieira.

2 A vitória folgada no Bessa pareceu ser, após o jogo, o ansiolític­o adequado que a equipa precisava para sair da letargia exibiciona­l que a vinha a afetar nos últimos jogos. Mas, na verdade, só valeu três pontos, nada mais. E seria o jogo seguinte, contra o Estrela da Amadora, que iria confirmar se o remédio prescrito no Bessa contra a depressão foi ou não a terapêutic­a adequada e suficiente para a desejada cura. Além disso, tínhamos a motivação de alcançar o terceiro lugar, não esquecendo

Uma vitória importante, com mais um jogo sem sofrer golos. Bons sinais...

que o rival geográfico tinha acabado de vencer no recinto do Estoril, aproximand­o-se perigosame­nte do quarto lugar. E foi um Braga essencialm­ente pragmático que conseguiu vencer um Estrela sempre perigoso nas transições de contra-ataque. Este pragmatism­o ( posse de bola com certeza de passe e com pouco risco) permitiu que o nervosismo habitual fosse atenuado, ainda que no início da segunda parte o espetro da ansiedade tenha pairado sobre a equipa. E só após o segundo golo de Bruma, festejado com o habitual balão, é que a equipa pareceu assumir os níveis de confiança que já demonstrou por várias vezes. E, quando isso acontece, surge o bom futebol que nós todos sabemos que este Braga de Artur Jorge sabe jogar. Roger está a aparecer como a nova estrela da companhia, jogando, fazendo jogar, marcando golos, fazendo assistênci­as, sempre com uma energia contagiant­e, pontuada aqui e ali com um sorriso. Uma vitória importante (não o são todas, afinal?), com mais um jogo sem sofrer golos. Bons sinais para os jogos que se avizinham. A luta continua…

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