O Jogo

DRAGÃO DE FOGO ATROPELA ÁGUIA MORIBUNDA

ARRASADOR Sempre superiores aos encarnados, azuis e brancos repetiram resultado de 2010 que lhes permite aproximare­m-se na luta pelo acesso à Liga dos Campeões

- Textos CARLOS GOUVEIA

Galeno bisou e assistiu no clássico e também lhe podem chamar “Mr. Liga portuguesa”. Wendell, Pepê e Namaso completara­m a “manita”. Benfica absolutame­nte manietado na Invicta.

O FC Porto, tal como há ●●● quase 14 anos, voltou a envergonha­r o Benfica, arrasandoo com uma goleada das antigas, de mão-cheia, arrasadora e sem espinhas. Um sinal de enorme vitalidade, como já tinha dado com o Arsenal, de quem promete lutar até ao último momento desta Liga por um lugar que, no mínimo, lhe permita disputar a próxima Liga dos Campeões: passou a estar a seis pontos do rival que amassou ontem. Os números não deixam margem para discussões sobre quem foi melhor no Dragão, mas este é também um daqueles casos em que a diferença não é exagerada. O Benfica teve apenas dois lances em que incomodou Diogo Costa, deu a ideia de ser uma equipa fatigada, acabando atropelada por um FC Porto que nem de barriga cheia mostrou estar saciado. Os adeptos pediram “só mais um” depois do 4-0, a equipa fez-lhes a vontade e completou a “manita”, mas Conceição queria mais, terminando a partida a reclamar do pouco tempo de descontos dado por João Pinheiro.

Dito isto, é de inteira justiça falar dos artistas. Galeno fez os dois primeiros golos, ofereceu o terceiro e foi o maior responsáve­l por depenar uma águia que entrou no Dragão como a melhor defesa do campeonato, mas até isso o FC Porto lhe roubou ontem. Wendell – uma enorme exibição –, Pepê e Namaso fizeram os restantes golos que contrariam a lógica da diferença pontual entre os dois rivais.

Oxadrezdas­duasequipa­sencaixou-se na perfeição visto que Roger Schmidt, como se perspetiva­va, colocou Tengstedt como elemento mais avançado e Rafa, que nos últimos jogos tinha desempenha­do essa função, nas suas costas, igualando o desenho habitual deConceiçã­odesdequep­assou ausarPepên­azonamaisa­diantada do meio-campo no apoio direto a Evanilson.

Dava a ideia de um equilíbrio de tropas, que não passou de pura ilusão já que a primeira meia hora do FC Porto foi empolgante com alguns golos desperdiça­dos antes e depois de Galeno ter aberto a contagem. O Benfica só confirmou que ainda respirava à meia hora, quando conseguiu circular a bola por mais do que vinte segundos, mas sem nunca disfarçar que está a pagar a fatura da agenda super preenchida com jogos de elevada exigência. Kokçu, por exemplo, foi figura de corpo presente e não estranhou que tenha saído ao intervalo, assim como o amarelado Morato, de quem Francisco Conceição fez “gato sapato”. Entraram Álvaro Carreras e Florentino, este para tentar estancar as constantes saídas do FC Porto em zona central, enquanto João Mário, o do Benfica, passou a descair mais para esquerda. Conceição não tinha razões para mexer até porque Galeno já tinha bisado aos 44’ e recomeçou com os mesmos e na mesma toada. Ou seja, com o FC Porto sempre por cima e um Wendell super confiante com a chamada ao escrete a ampliar a vantagem logo aos 55’ com alguma sorte, é verdade, mas também muito mérito pela forma como iniciou e foi concluir a jogada.

Pouco depois, Otamendi – que tinha estado do outro lado da barricada nos 5-0 de 2010 – viu o segundo amarelo, o Dragão festejou como se de um golo se tratasse, e a águia ficou ligada às máquinas. Mas ainda havia muito por jogar e tempo suficiente para encher a mão de golos: Pepê fuzilou Trubin e Namaso cabeceou em cima dos 90’.

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Otamendi foi expulso aos 61’ quando estava já 3-0
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