Só podia dar empate
O receio de errar falou mais alto para Portimonense e Vizela e nem a expulsão de Pedrão alterou muito o cenário. As melhores oportunidades de golo pertenceram aos algarvios
Minhotos continuam no último lugar e algarvios subiram uns degraus, após um jogo em que as posições na tabela influenciaram o rendimento de ambos, mais preocupados em não sofrer.
HÉLIO NASCIMENTO
Portimonense e Vizela não foram além do nulo, num jogo em que a emoção teve a ver com as incidências e não com a qualidade do espetáculo propriamente dito. Imperou o receio, sobretudo de errar, com as equipas a atuarem pelo seguro em largos minutos, num “jogo amarrado”, em que a prioridade era não sofrer, atendendo à importância da conquista de pontos. O nulo não permite aos minhotos deixarem a lanterna vermelha, mas acaba por ajudar os algarvios a saltarem uns degraus na tabela classificativa.
Mesmo com mais um a partir dos 72 minutos, quando Pedrão carregou Essende – que se ia a isolar – e foi expulso, nem assim o Vizela traduziu essa vantagem em oportunidades de golo, não obstante o assédio na parte final da partida. Mérito do Portimonense e de Paulo Sérgio, que mexeu bem na equipa, refinou a organização defensiva e nem se coibiu de procurar atacar.
No tal cenário do tal “jogo amarrado”, só aos 22’ é que Berto, primeiro, e Samu, logo a seguir, animaram as bancadas, mas foi depois da meia hora que Buntic assumiu papel decisivo, anulando no mesmo lance tentativas de Dener e Berto com rótulo de golo. Os defesas levaram
sempre a melhor, vigiando a preceito Berto e Essende, não obstanteMatheusPereiraeHélio Varela terem procurado desequilibrar com arranques e outros tantos improvisos.
Após o intervalo, Jasper atirou ao poste (67’ ), numa altura em que o Portimonense, mais intenso e objetivo, dava sinais de crescimento. A expulsão de Pedrão, contudo, alterou
o figurino, obrigando a uma toada de contenção e alterações de tração atrás para aguentar o que faltava jogar. De la Barrera fez o contrário, juntando Petrov a Essende no eixo do ataque e refrescando as alas, mas apenas uma vez, quando um corte atabalhoado de Alemão levou a bola ao ferro, a baliza de Kosuke passou por real perigo.