ESCONDER A BOLA É ARMA PARA FERIR A ATALANTA
Equipa técnica identificou que a estratégia para combater os italianos passa por ter posses de bola mais longas. Jogo em Alvalade, na fase de grupos, foi o pior em perdas na época Morita volta para jogar ao lado de Hjulmand e a marcação cerrada dos centro
Depois do regresso aos triunfos no campeonato, é a vez de o Sporting procurar ultrapassar a Atalanta, uma verdadeira espinha encravada na temporada. Os de Bérgamo seguraram o primeiro lugar do grupo na Liga Europa com um empate (1-1) e frustraram os leões em Alvalade (1-2). Nessa derrota, o Sporting acumulou 123 perdas de bola, o máximo da época até aqui, e nunca conseguiu acertar a pressão ou manter sequer a bola, de modo a ferir o adversário. Passa por aí o primeiro objetivo, sabe O JOGO. A intenção dos leões, sinalizada pela equipa técnica, é garantir que o meio-campo do Sporting conserve mais tempo a bola, de modo a cansar os italianos, necessariamente tendo em vista tirar da posição os defesas e médios adversários.
Morita (volta para a titularidade) e Hjulmand (poupado durante o jogo com o Farense) vão ocupar os lugares no miolo,
sendo a dupla que enfrentará a maior pressão. Prevê-se que Éderson, já recuperado de lesão, ocupe o centro do terreno ao lado de Marten de Roon, estando Koopmeiners como jogador entre linhas para fazer a superioridade numérica. A capacidade da Atalanta mandar nessa franja de terreno leva a que tenha sido pedido a PedroGonçalvesparaexplorar zonas interiores. O mesmo
está planeado para a direita, seja Trincão ou Edwards o escolhido. Essa é a forma de tentar contrariar a superioridade do 6.º classificado da Serie A no miolo e abrir espaço nas alas para os laterais leoninos.
Ficou clara a dificuldade de o Sporting visar a baliza da Atalanta. Ter posses mais longas e definir melhor nos contra-ataques foi ontem uma das mensagens de Amorim, que sabe
que o jogo em Bérgamo (nove tiros) foi o quinto com menos oportunidades na época – só atrás do Raków e Benfica, na Luz, ambos a jogar em inferioridade numérica, e na ida a Braga (empate), no campeonato, e na receção ao FC Porto (vitória), na Liga. Fechar a porta a Lookman, que desfez a defesa verde e branca, e contrariar as transições são outra necessidade já trabalhada.