O Jogo

Anatoliy Trubin obrigado a fazer trabalhos forçados

Titular das redes encarnadas já sofreu mais golos que Vlachodimo­s na época passada, a primeira de Roger Schmidt na Luz, porque a equipa concede espaços e permite mais remates

- VÍTOR RODRIGUES

Dono da camisola 1 dos encarnados igualou no Estádio do Dragão o recorde do jogo com mais remates sofridos, num total de nove, como aconteceu no empate com o Inter, na Champions.

Com o desaire sofrido na última jornada, na visita ao FC Porto, o Benfica viu subir para 40 o número de golos encaixados esta época em todas as provas, em 41 jogos, o mesmo registo dos 55 da temporada anterior. Do total, Trubin sofreu 34 (Vlachodimo­s e Samuel Soares partilham os restantes seis), apresentan­do agora uma média de quase um golo encaixado por jogo (0,97), o que, curiosamen­te, supera em larga medida o valor médio do guardião que defendia as redes encarnadas na época passada, a primeira de Roger Schmidt pelas águias.

Vlachodimo­s, nos mesmos 35 jogos da época passada, sofreu em média 0,68, tendo 0,94 (em 2018/19) como máximo pelo Benfica. O internacio­nal grego deixou o plantel no arranque desta época, ingressand­o no Nottingham Forest, e foi Trubin a suceder-lhe – com Samuel Soares pelo meio na transição –, depois de ter sido contratado ao Shakhtar, num investimen­to de dez milhões de euros.

A realidade dos números mostra que o novo titular da baliza benfiquist­a está a sofrer mais golos, mas também a ser obrigado a fazer trabalhos forçados. Na época passada, o Benfica permitiu em média 7,63 remates aos adversário­s, valor que ascende na temporada em curso a 10,44, o que se reflete também nas estatístic­as individuai­s do guardião de 22 anos que estará entre os postes amanhã, na receção ao Rangers, para os oitavos de nal da Liga Europa – jogo em que tentará manter a baliza a salvo nas provas europeias pela segunda vez, como aconteceu em Toulouse.

Se Vlachodimo­s, em 2022/23, foi obrigado a enfrentar 2,4 remates por jogo e a realizar 1,74 defesas por partida, Trubin teve de responder a 3,83 tiros por encontro e realizou 2,94 intervençõ­es por 90 minutos. Esta diferença, anexada ao número de remates permitidos pelo Benfica, prova que a equipa tem muito mais dificuldad­es para manter os adversário­s à distância e não consegue filtrar da mesma forma as tentativas de golo, o que tem obrigado o internacio­nal ucraniano a um maior volume de paradas.

Também ao nível das saídas da área há diferenças, com o titular de 2022/23 a registar 1,14 por jogo e Trubin agora 0,89, o que também mostra que o Benfica está a jogar de forma muito diferente e, sobretudo, muito mais recuado, com a defesa mais próxima da baliza.

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Trubin teve de enfrentar 3,83 remates por jogo nas 35 partidas que soma de águia ao peito

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