O Jogo

“SOU PARECIDO COM O RUIZ”

Yan Said fez o segundo bis da época, frente à Académica (3-0), e assume ter caracterís­ticas semelhante­s às do avançado espanhol

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Filho de Wender, extremo que se notabilizo­u no Braga e no Sporting, o brasileiro, de 21 anos, tem como referência o pai, que o fez apaixonar-se pelo futebol. Quando marca aponta para uma tatuagem.

ANDRÉ BASTOS

Com duas vitórias, um empate e apenas uma derrota, o Braga B surge em segundo lugar na fase de subida da Liga 3, impulsiona­do por um brilhante triunfo em casa da Académica (3-0), no qual Yan Said bisou. Na próxima ronda, os arsenalist­as vão receber o líder Lourosa, num jogo que será cabeça de cartaz da jornada.

Contra a Académica, assinou o segundo bis desta época e já superou o número de golos do ano anterior. Que avaliação faz aos seus desempenho­s?

—Tem sido um ano muito positivo e bastante gratifican­te, tanto a nível individual como coletivo. A maior meta para esta temporada era tentar evoluir ao máximo como jogador e, consequent­emente, ter melhores números. Felizmente, esses objetivos estão a ser alcançados, e isso só é possível devido ao enorme trabalho de equipa que temos tido. Os resultados são prova disso.

No último jogo, a equipa até podia ter sofrido de penálti logo a abrir, mas terminou com um dos resultados mais gordos…

—Acho que a chave principal tem sido o cresciment­o da maturidade da equipa ao longo da época. A mescla de idades é um ponto importante, pois conseguimo­s ensinar e aprender muitas coisas como plantel. Apesar de sermos todos jovens, temos um grupo composto por alguns jogadores que já estão no terceiro ano de Liga 3, como é o meu caso, e outros que ainda têm idade júnior e já jogam neste nível. Com uma equipa técnica exigente, todos estamos a crescer. Foi isso que aconteceu contra a Académica. Soubemos compreende­r todos os momentos de jogo e fomos superiores a um adversário que tem muita qualidade.

Além do Yan, que bisou, Bernardo, Kauan Kelvin e João Vasconcelo­s estiveram em destaque. A equipa tem muitas soluções?

—Sim, temos muitas soluções e todas elas com muita qualidade. Com as saídas que tivemos no mercado de janeiro, as pessoas, provavelme­nte, pensaram que estaríamos mais frágeis para atacar a fase de subida, mas isso não é verdade, e estamos a prová-lo. Saíram jogadores importante­s para a I Liga e agora estão a aparecer outros, de enorme qualidade, que conseguem acrescenta­r muito à equipa, e que querem valorizar-se. Por exemplo, contra a Académica, que é uma equipa experiente, jogámos com quatro jogadores com idade de júnior... [Chissumba, Kauan, Vasconcelo­s e Dinis Rodrigues]

Agora vão receber o líder Lourosa, que só sabe vencer. O que será necessário fazer para o derrotar?

—Sabemos da dificuldad­e dos jogos nesta fase de subida e também temos noção do estado emocional do nosso adversário, que vive uma fase bem positiva. Acho que vai ser um bom jogo entre os dois primeiros classifica­dos. Só temos de ser fiéis a nós mesmos e encarar este jogo como temos feito ao longo deste campeonato. Podem ter certeza de que vai ser mais um grande jogo nesta fase de subida e que obviamente vamos querer vencer.

O pior resultado do Braga B foi frente ao Lourosa (5-0). Poderá haver um ajuste de contas no domingo?

—Foi um jogo muito atípico, mas serviu muito para aprendermo­s e para nos unirmos ainda mais como grupo. Vamos dar o nosso máximo para sair domingo com os três pontos e aproximarm­o-nos do primeiro lugar.

Sempre que festeja um golo aponta para uma tatuagem que tem o seu pai. É tributo?

—Sem dúvida. É o meu ídolo de infância. Quando era criança via muitas vezes os vídeos dele e tentava recriar os lances. Foi ele e o amor dele pelo futebol que fizeram, tanto o meu irmão como eu, sermos apaixonado­s por este desporto.

Que conselhos lhe costu

YAN SAID ESTÁ HÁ 12 ANOS NO BRAGA, IMPULSIONA­DO POR WENDER, QUE QUIS VER CRESCER O FILHO NO CLUBE ONDE SE DESTACOU

“Saíram jogadores importante­s para a I Liga e agora estão a aparecer outros, de enorme qualidade, que conseguem acrescenta­r muito à equipa”

“Lourosa? Só temos de ser fieis a nós mesmos. Da outra vez foi um jogo atípico [derrota 5-0], mas serviu para aprendermo­s”

ma dar o seu pai?

—O meu pai esteve presente em todas as etapas do meu cresciment­o como jogador. Já levei muito elogios e muitos puxões de orelhas. O conselho dele sempre foi para que me divertisse e desse o máximo.

Yan Said Jogador do Braga B

Já chegou a ser convocado por Artur Jorge. Há algum jogador da equipa A que ache parecido consigo?

—O plantel principal está recheado de nomes de enorme qualidade. Há muitos jogadores que gosto de ver jogar. Acho que tenho caracterís­ticas parecidas com o Abel Ruiz, que é um avançado mais móvel.

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