O Jogo

Italianos a puxar pelos ferros

- SÉRGIO ANDRÉ

A Atalanta confirmou tratar-se de uma equipa homogénea, simples nos processos, com jogadores rápidos e combativos no ataque. Uma formação fisicament­e difícil de dobrar. A defesa é a zona mais frágil e, quando pressionad­a, sente dificuldad­es para sair a jogar. Scamacca é claramente um dos trunfos dos italianos na frente (marcou o golo), onde a capacidade de imprevisib­ilidade de Lookman faz a diferença, como se viu na segunda parte. Entre várias esbanjadas, foram três bolas aos ferros.

Defesa

O guarda-redes Musso não é o habitual titular e notou-se que não estava em sintonia com os colegas, sobretudo na reposição da bola com os pés. Djimsiti foi um dos pilares do setor mais recuado e até evitou males maiores para os italianos no arranque do desafio, cortando uma bola enviada por Edwards, que tinha como alvo Trincão. Hien esteve seguro, Kolasinac foi o menos influente na defesa. Scalvini entrou para trancar Gyokeres.

Meio-campo

No miolo, De Roon foi mais intenso do que Éderson, mas a dupla condiciono­u os leões. Holm controlou o corredor direito e, à esquerda, Ruggeri não deu sequência aos lances de ataque, chegando quase sempre atrasado e com uma abordagem menos adequada aos lances.

Ataque

Scamacca foi uma dor de cabeça para a defesa leonina. Apontou um golo, depois de um erro defensivo do adversário, e ainda obrigou Franco Israel a fazer a defesa da tarde. Lookman demonstrou que pode desequilib­rar um jogo de um momento para o outro, como se viu no lance em que fugiu a Quaresma e atirou ao poste. Miranchuk assistiu e jogou bem na direita. De Ketelaere não perigou, Bilel Touré mexeu com o jogo nos minutos finais. Koopmeiner­s não teve espaço.

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