QUANDO O JOGADOR SE MISTURA COM O ADEPTO
Marinho, nascido e criado nos Azuis do Restelo, onde o avô desempenhava o papel de porteiro, é um testemunho vivo do amor e do vínculo profundo com o clube lisboeta
Com uma sólida trajetória de 13 épocas no clube do Restelo, o fixo de 34 anos mergulha nas memórias e nas responsabilidades que carrega ao vestir a emblemática camisola do Belenenses.
Marinho, um verdadeiro filho do Restelo, cresceu sob a influência do Belenenses desde os primeiros passos. Criado no clube, com o avô a desempenhar o papel de porteiro, o lisboeta vê o Belenenses como mais do que um simples clube. “É como uma segunda casa. O Belenenses faz parte de mim desde sempre. Nasci e cresci aqui,muitoporculpadaminha família, do meu pai e do meu avô. É uma instituição diferenciada”, confessa o futsalista, que soma 13 temporadas ao serviço do clube de Belém.
Ao relembrar os primeiros passos da carreira, o fixo de 34 anospartilhacomOJOGOuma históriarepletadereviravoltas. Iniciou-se no futsal aos sete anos,masacabouporfazertoda a formação no futebol. “Ingressei na Academia R. Ajuda e, após um ano, mudei para o futebol, para o Belenenses. Vivi sete anos intensos, até que surgiu a oportunidade de me transferir para o Atlético. Tudo parecia encaminhar-se para a assinatura de um contrato sénior. No entanto, uma lesão afastou-me dos relvados por cinco meses, alterando completamente o curso da minha carreira”, partilha. Influenciado pelos amigos e pela paixão pelodesporto,Marinhoencontrou no futsal um caminho. “Fui convidado e decidi aceitar o desafio. Apesar de jogar na última divisão, comecei a destacar-me e a minha trajetória no futsal começou a ganhar dimensão”, revela o jogador, que passoupordiversasequipas,incluindo AMSAC, Cascais, Lombos, Leões Porto Salvo, Eléctrico, UVPN e Belenenses.
Atualmente, Marinho é uma figura central no seio dos azuis. O fixo reflete sobre o significado profundo da camisola do Belenenses, um clube que, embora outrora uma força dominante, enfrenta agora um período de reestruturação. “É um emblema histórico. O nível de exigência é muito alto e há quem não compreenda a realidade atual do clube. Somos criticados e os adeptos exigem mais, mas faz parte do processo de crescimento. Claro que sabemos lidar com isso, mas custa sempre ouvir. Mas costumo dizer aos sócios que ninguém ama mais o Belenenses do que eu”, revela a O JOGO.
“É como uma segunda casa. O Belenenses faz parte de mim desde sempre. Nasci e cresci aqui”