O Jogo

Leão guarda forças para o campeonato

Numa fase decisiva da temporada, com o calendário a pesar cada vez mais nas pernas dos jogadores, o jogo de ontem tornou evidente que a prioridade de Amorim é o título nacional.

- Jorge Maia jorge.maia@ojogo.pt

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Rúben Amorim insiste que os jogadores não dão mais e há de ter alguma razão. Ontem, Pote e Gonçalo Inácio, ambos lesionados, já não puderam dar nada e mesmo Gyokeres começa a parecer menos imparável do que era há um ou dois meses, o que explica a frustração com que reage a cada lance perdido. De resto, o jogo de ontem deixou claro que, para Amorim, se a corda tiver de partir por algum lado, pois que parta pela Europa. Claro que o treinador dos leões não tem feitio para entregar a eliminatór­ia, como se viu na forma como foi ao banco buscar as poupanças que tinha feito no início. Mas, se havia alguma dúvida, o jogo de ontem tratou de a desfazer: a prioridade é o campeonato e é aí que o técnico vai 2

concentrar as forças que restam à equipa. Roger Schmidt sublinhou ontem a importânci­a do fator casa para o jogo desta noite frente ao Rangers, primeira oportunida­de para o Benfica cumprir a promessa feita por Rui Costa de reagir à goleada no Dragão e à derrota frente ao Sporting na Taça de Portugal. De facto, em condições normais, os encarnados podem contar com o apoio das bancadas da Luz e do proverbial 12.º jogador. Mas estas não são condições normais. Duas derrotas frente aos principais rivais, uma das quais traumática, não causam ansiedade apenas na equipa, mas também nos adeptos, sobretudo em relação ao treinador. Aliás, por muito menos, Schmidt já foi, literalmen­te, alvo da insatisfaç­ão das bancadas. Para as conquistar, o Benfica precisa de as tranquiliz­ar primeiro. Outra entrada hesitante em jogo, pode acabar por virar a Luz do avesso, de 12.º jogador para 12.º adversário.

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