Sérgio Conceição “Jogadores foram inexcedíveis na atitude”
FC Porto cumpriu à risca o plano para a deslocação a Portimão, deixando o treinador orgulhoso pela exibição e também pelo crescimento revelado pela equipa
Para o técnico portista, à competência demonstrada só faltou acrescentar mais golos e algum acerto em certas dinâmicas ofensivas. Agora, é tempo para preparar o desafio em Londres.
CRISTINA AGUIAR
O FC Porto adiantou-se ●●● cedo no marcador e seguiu com tranquilidade para um triunfo importante a poucos dias de um compromisso difícil frente ao Arsenal. Nico González e Galeno destacaram-se, mas Sérgio Conceição insiste em falar no plural.
Foi a exibição que havia proposto no lançamento deste jogo?
—Jogo competente da nossa parte. Primeiro tenho de dar uma palavra aos adeptos, porque fizeram 500 quilómetros para estarem aqui, e com este tempo não é nada fácil. Eles foramimportantesnestavitória. Sobreojogo,dissenaantevisão que não era fácil desmontar ou perceber o que o Portimonenseiriafazer.Nãoeraumjogofácil nesse sentido, mas olhámos muito para o que teríamos de fazer e tivemos momentos muito bem conseguidos, sobretudo com bola. Sem bola, no nosso equilíbrio defensivo, podíamos ter feito melhor. O Varela, rodando, ataca bem o espaço. Mas foi um jogo bem conseguido e uma evolução importante da equipa.
A repetição do onze foi sinal de que este jogo era mais importante do que o
próximo frente ao Arsenal?
—Agora passa a ser o Arsenal. Antes do jogo, o primeiro passo para ganhar é ter respeito pelo adversário e entender as dificuldades. Olhar e focar no Portimonense foi o que fizemos na preparação para termos uma vitória convincente e justa. E falhámos alguns golos. Na nossa dinâmica ofensiva, uma ou outra vez não decidimos da forma correta, mas faz parte da evolução e da juventude deste grupo. Situações que por vezes pensamos que são mais fáceis e os jogadores não interpretam dessa forma. Na atitude foram inexcedíveis.
“Nico? É melhor falar dos que entram e dos que não entram, porque esses é que fazem com que os que têm mais minutos percebam que não estão confortáveis”
Pode falar do crescimento de Nico González? Parece mais conectado à equipa e marcou pela primeira vez.
—Do Nico e de todos .... É fácil falar dos onze que jogaram. É melhor falar dos que entram e dos que não entram, porque esses é que fazem com que os que têm mais minutos percebam que não estão confortáveis, que há sempre alguém que, pelo trabalho, pode ir lá para dentro a qualquer momento. É nessa competitividade sã dentro do grupo que reside a evolução dos jogadores. Da aceitação da mensagem e do trabalho diário exigente depois surgem os frutos que queremos.
Com que espírito avança para o jogo em Londres?
—A partir daqui começo a ver algumas imagens do Arsenal. Agora é descansar um bocadiO
nho deste jogo e, durante a viagem, começar a preparar o Arsenal, que será muito difícil e complicado, e tentar dar uma resposta positiva como equipa.
Galeno marca há três jogos seguidos. Já merece uma chamada à seleção?
—Galeno tem feito o seu trabalho. O que peço, assim como a todos, é que trabalhe diferentes momentos do jogo na posição dele e que, pelas características, perceba o que pode explorar nos adversários. O trabalho sem bola também é importante. O golo é trabalho da equipa e sempre dou mais valor ao coletivo do que ao individual.
Quer falar sobres as eleições em abril?
—Não vou falar das eleições, não me compete a mim. Acho
também, como tem sido dito por toda a gente, nomeadamente por quem é candidato, que é muito importante a tranquilidade no sucesso desportivo da equipa.
Considera importante a diferença pontual na I Liga?
—Temos a consciência de que ganhámos três pontos de 30 em disputa no campeonato. Temos de ir à procura dos três pontos na próxima jornada. Pelo meio, depois de tudo o que fizemos de bom na fase de grupos da Liga dos Campeões e no primeiro jogo com o Arsenal, teremos um jogo extremamente difícil, de altíssimo nível, em Londres. Vamos preparar-nos para esse e depois no campeonato, e assim sucessivamente até ao fim da época. “Galeno na Seleção? Tem feito o seu trabalho. O que peço, assim como a todos, é trabalhar diferentes momentos do jogo na posição dele e pelas suas características”