“PACIÊNCIA” CONTRA “ARMAS” DA SURPRESA
Ricardo Paiva abordou despique entre axadrezados, os do Bessa e os de Moreira de Cónegos. Noção do valor do adversário exige atitude muito empenhada e comprometida
Treinador não quis abrir o jogo sobre manutenção de três centrais ou apostas na linha média, apenas realçando que o empenho e lado profissional exibido durante a semana pode desempatar.
Olhando um adversário com pontuação tranquilizante e surpreendente, o Boavista lutará pelos três pontos para salvaguardar qualquer queda em lugares mais dramáticos. Ricardo Paiva espera o regresso aos triunfos, após empate em Famalicão. “Devem esperar um Boavista comprometido, ciente das dificuldades. Inegociável é o nosso rigor, empenho e dedicação, a preparação foi centrada em nós”, frisou, consciente que o sexto lugar cónego se disseca facilmente. “É a quarta melhor defesa, não sofreu golos em 12 jogos, isso diz muito da organização defensiva, tendo capacidade para marcar golos. O Boavista estará determinado em fazer um bom jogo, ter paciência também, sabendo que do outro lado estão armas fortes”, aferiu.
Ricardo Paiva identificou os perigos anunciados pelos cónegos, cirúrgicos nos contraataques. “O Moreirense adapta-se ao que tem. É um adversário
extremamente perigoso no ataque rápido, gosta de preparar o seu jogo a partir de trás, convidar o rival a pressionar alto para libertar depois os homens da frente na profundidade. É muito objetivo nisso mas também tem jogadores de qualidade no meio-campo. Tem essa variabilidade e solidez, pode abordar o jogo, ofensivamente, num registo ou outro. É um contraste comportamental
que nos obrigará a estar muito ligados”, observou, agradado com a disponibilidade da equipa em Famalicão. Sobre mexidas no miolo, não se quis pronunciar... “O que pode desempatar ou desequilibrar algumas situações é o empenho e o lado profissional de cada um. Depois, cada um tem aspetos particulares, falo do Vukotic, Makouta, Joel e Reisinho.”