O Jogo

Carregar baterias no Algarve para Londres

- Jorge Maia jorge.maia@ojogo.pt

O FC Porto venceu em Portimão, pressionou o Benfica e o Braga, e ainda aproveitou para fazer o ensaio geral para Londres, onde vai precisar de uma noite perfeita.

Afinal, não foi preciso Sérgio Conceição meter 11 focas na equipa titular para o FC Porto dar espetáculo no Algarve. Por outro lado, não deixa de ser relevante que o treinador tenha usado exatamente o mesmo onze que bateu o Benfica por 5-0 na jornada anterior. E é relevante porque, nas vésperas de uma deslocação complicada a Londres, poderia haver a tentação de gerir o esforço de alguns dos titulares, como Wendell, que saiu do jogo contra as águias com uma entorse que levou quase a semana inteira a debelar. Nesse sentido, Sérgio Conceição foi fiel às ideias expostas logo no final do encontro com os encarnados, quando sublinhou que vencer por cinco o Benfica valeria de pouco se o FC Porto fosse a Portimão esvaziar esse balão. Ora, não só não esvaziou, como talvez até surja um pouco mais insuflado agora que Nico finalmente marcou o golo que tanto procurava, que Galeno aproveitou para ensaiar o tal tiro com arco que abateu os ingleses no Dragão e que Pepê encontrou a saída para um dos labirintos onde às vezes se mete para encerrar o marcador. Mais do que isso, a defesa, que passou por inúmeras versões diferentes ao longo da época, começa a parecer-se cada vez mais como uma obra acabada e menos com o esboço grosseiro que as lesões e os castigos impuseram. Claro que mesmo com o cresciment­o da equipa, sustentado no entendimen­to de Nico e Alan Varela a meio-campo e a capacidade para explorar os dois corredores com igual perigo, o FC Porto precisará de uma noite perfeita em Londres para seguir em frente na Champions. A boa notícia para os adeptos portistas é que isso parece muito mais provável de acontecer agora do que era há um ou dois meses.

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