Lobo lembra opções em 2020
Disse que não subscreveu a candidatura de Pinto da Costa há quatro anos, ao contrário de AVB
O candidato usou esses argumentos para descartar uma “colagem” ao presidente, que lembrou ter criticado na AG, e uma tendência de “ataque” ao ex-treinador: “Porque não falou do passivo antes?”
ANA LUÍSA MAGALHÃES
Nuno Lobo deu ontem ●●● início em Espinho a um périplo pelas casas do FC Porto e esteve uma hora e meia a conversar com cerca de 50 adeptos que lhe colocaram várias questões. Entre o reforço das propostas que defende para o clube, o candidato à presidência descartou uma “colagem” a Pinto da Costa e uma tendência de ataque a André Villas-Boas, outro concorrente. Isto na sequência de uma intervenção de António Coutinho, presidente da delegação. “Atacar é uma expressão muito forte. Não aprecio isso. Eu e estas pessoas que me acompanham, em 2020, foram os primeiros a chamar a atenção ao modo como o FC Porto estava a ser gerido. Não subscrevi a candidatura de Pinto da Costa, André VillasBoas sim. Estava tudo bem em 2020? Não estava. Em 2024, ouvi dizer que, nestes últimos 12 anos, portanto para lá de de 2020, o nosso passivo aumentou mais de 200 milhões de euros: então porque é que não disse [Villas-Boas] isso em 2020? Isto é atacar? São factos. Fazem-me colagem ao senhor por quem tenho uma grande
estima, Pinto da Costa, mas eu falei dos problemas todos do FC Porto. Acabei o discurso virado para a direção: como é que continuam à frente do FC Porto ao fim destes anos? Esta candidatura não está contra ninguém nem colado a ninguém”, frisou Nuno Lobo, que acusa a Direção de “passividade” face à arbitragem. “Esperava um murro na mesa do presidente e vejo passividade. Enquanto formos bons rapazes, como dizia o saudoso Pedroto, vamos sempre ser lesados. Luís Gonçalves fala e apanha uma multa? Ponham outro Luís Gonçalves, não pode é ser o Sérgio Conceição. Tínhamos um líder que se mexia, era Pinto da Costa. Podíamos dobrar, mas não caíamos. É isso que quero sentir outra vez no FC Porto e podem contar comigo. Vou darlhes
luta até não poder mais”, lembrou.
Noutros pontos, Lobo revelou que disse a Pinto da Costa que os 1,5 milhões de euros investidos em Samuel Portugal “pagavam uma equipa de futsal” e que confrontou Fernando Gomes, administrador financeiro, com a ausência de um acordo para o naming do Dragão Arena, terminada a parceria com a Caixa Geral de Depósitos. Enquanto a Casa de Espinho lamentou alguma falta de acompanhamento do clube, Lobo defendeu apoios a quem vive mais longe do Porto e que os elementos das claques, além de “identificados, devem ser sócios do clube”. “Veja-se o apoio fantástico em Portimão, à chuva. Aquelas pessoas têm de ser recompensadas,umaquotacom um valor especial”, projetou.