Técnico ainda tem crédito
João Alves e Álvaro Magalhães olham para jogo “muito importante”, mas não apostam na saída de Schmidt
Avesso a cortes num projeto em andamento e apesar dos últimos maus resultados, o líder das águias não deixa cair o treinador. Antigos jogadores encarnados acreditam mais “numa vitória”.
Mesmo só com uma vitória em 2024 e um único triunfo na condição de visitante para a Liga, na visita ao Estádio do Dragão, o Estoril visita a Luz onde mora um clima de desconfiança dos adeptos pelas más exibições e ciclo de três jogos já sem vencer, com uma goleada pesada pelo meio diante do FC Porto (5-0). Rui Costa, o presidente, não tenciona travar o projeto quando está em andamento a época, tem ideia de segurar Roger Schmidt e há quem subscreva esta política.
Álvaro Magalhães, antigo jogador e adjunto campeão pelas águias, considera que o jogo de hoje “é muito importante” e acredita que “o Benfica vai ganhar, caso contrário, se não o conseguir, será mau para todos, porque a descrença afeta todos”. “Claro que o treinador é o líder e tem estado a ser contestado pelos adeptos pelas más exibições. Se vencer, depois tudo pode normalizar”, considera, admitindo que, caso não vença, “as coisas podem complicar-se”, mas acrescenta de imediato que “o Benfica de Rui Costa não é de mandar os treinadores embora antes do final da época”. “Vejo-o a analisar a época no final, mesmo que o Benfica ganhe títulos, para avaliar tudo o que aconteceu até lá. Pareceme que está tudo calmo, até porque o Benfica ainda está em três frentes, está melhor o Benfica que o FC Porto, que venceu por 5-0 mas está atrás na classificação. Ainda assim, a equipa tem de jogar mais porque tem jogadores para isso”, acrescenta o antigo defesa.
João Alves, que era mais de distribuir jogo, acredita que “o Benfica tem tudo para ganhar ao Estoril”. “É o meu feeling como treinador e não como benfiquista. Acredito que vai ganhar e fazer um excelente jogo”, atira, sem deixar de analisar o reverso da medalha: “Se as coisas correrem mal, não é fácil, o presidente terá um bico de obra para resolver. Nãoé fácil de decidir porqueé alguém que tem mais dois anos de contrato. Tudo teria de ser avaliado e Rui Costa é uma pessoa que não decide a quente.”