O Jogo

“É IMPOSSÍVEL MANTER SEMPRE ESTE RITMO”

Treinador do Sporting reconhece que a equipa não está com a dinâmica de um passado recente, mas lembra que houve descanso na preparação do jogo contra o Arouca

- FREDERICO BÁRTOLO

O Arouca ataca com “três jogadores especiais” e de forma “perfeita na temporizaç­ão do passe”, diz o técnico. Ter tido mais um dia de descanso dará maior qualidade aos leões, promete Amorim.

Para manter o comando da Liga, o Sporting precisa de ganhar ao Arouca, caso o Benfica vença o seu compromiss­o contra o Estoril. Rúben Amorim avisa os jogadores de que não faz contas ao jogo em atraso com o Famalicão, salientand­o como é “decisivo” bater hoje um adversário “perigoso.”

Espera um jogo difícil em Arouca?

—Sabemos o que vamos enfrentar. O Arouca está a fazer um grande campeonato. A equipa mudou com o Daniel Sousa como treinador. É das melhores equipas a definir o contra-ataque. Os três jogadores da frente [Mujica, Cristo e Jason] são muito perigosos. É uma equipa corajosa. É injusto se não falasse do Sylla, não tem a mesma elegância dos outros três no primeiro toque, mas sem bola é mais importante. São jogadores especiais pela ligação que têm e pelo primeiro toque. E o David Simão tem qualidade de passe atrás deles. Já vi como são perfeitos na temporizaç­ão do passe. Falámos disto, dos movimentos deles quando perdemos a bola. Estamos prepara dose, juntando isso ao facto de termos mais um dia de recuperaçã­o, vamos estar num patamar superior. Se não estivermos, temos de ser inteligent­es a gerir o jogo, com bola.

A fadiga sentiu-se nos últimos jogos. Teve a ver com o facto de jogar de três em três dias?

—É um acumular, mas faz diferença. Ter três dias para descansar faz diferença. É impossível manter este ritmo, fizemos duas sequências de jogos apenas com dois dias de descanso e a jogar ao terceiro. Até para descansar a cabeça é mais difícil. É difícil até passar a informação aos jogadores sobre os adversário­s. Pareceram umas mini-férias, com uma folga e dois dias para preparar este jogo.

Tem falado constantem­ente do desgaste. Isso tira responsabi­lidade de vencer?

—Temos sempre de ganhar. Isto não é desculpa. O Rio Ave [empate 3-3] esteve mais ao seu nível do que nós e não foi desculpa. Mas sinto que os jogadores querem correr muito e, às vezes, não conseguem. Quero que eles sintam o meu apoio também, mas da mesma maneira que falámos nisso, agora digo que, com mais um dia, vamos ter de estar melhor. Não nos justificam­os com o calendário ou como os árbitros. Fazemos uma observação quanto ao porquê de não conseguirm­os manter a dinâmica. Mas não será desculpa com Arouca, como não foi com o Rio Ave. Vamos estar preparados.

Este encontro em Arouca é decisivo para o campeonato?

—Senti isso com o Chaves, com o Rio Ave e com o Moreirense. Já nem sei o que é decisivo. Jogamos fora, num campo difícil, e todos sabem isso.

Todos os jogos são decisivos.

Preferia já ter jogado com o Famalicão?

—Assinava por baixo se tivéssemos jogado e ganhado. Se tivéssemos perdido pontos, queria um jogo extra [risos]. A melhor forma de levar as coisas é pensar que esse jogo [adiado] não existe. Temos de olhar para a classifica­ção atual e saber que precisamos de vencer para manter o primeiro lugar. Não temos a ideia de que vamos gan haresse jogo em Famalicão. Esse jogo ainda não existe para nós. Temos de vencer todos até lá.

“Não nos justificam­os com o calendário ou com o árbitro. Temos sempre de ganhar”

Rúben Amorim Treinador do Sporting

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