BANCO DEU AS S0LUÇÕES
Um momento de inspiração de Reisinho, acabado de entrar, desbloqueou um jogo que demorou a cativar a atenção e a gerar ocasiões flagrantes de golo
O Moreirense teve mais bola e trabalhou bem no meio-campo, mas faltoulhe agressividade. O Boavista agradeceu e, ajudado por dois suplentes, deu o golpe fatal.
É tão bom regressar a casa ●●● e voltar às vitórias (700 no campeonato). Isto terá pensadoRicardoPaivanofinaldeum jogogelado,enãofalamossóda temperatura de bater o dente, mas também dos motivos de interesse produzidos. O Boavista
conseguiu contrariar a escassez de criatividade com umabombafenomenaldeReisinho, acabadinho de entrar. O médio manteve-se no banco, pela segunda vez seguida, assim como Makouta, outro dos intervenientes no lance que desbloqueou o empate a zero.
Ricardo Paiva ganhou no plano estratégico na aposta de deixar em pousio dois jogadores que, ao longo da época, foram titulares indiscutíveis. A solução correu bem, porque Makouta introduziu flexibilidade ao meio-campo e esperou
por Reisinho para uma combinação que culminou no golaço de um triunfo tão necessário.
O Moreirense superiorizouse na posse, porém, faltou-lhe definição nas situações criadas no último terço. No meiocampo, Franco e, sobretudo, Ofori bateram-se de forma consistente, fragilizando as ação dos médios adversários. A entrada fulgurante do Boavista não teve sequência devido a este fator. No entanto, em termos ofensivos as coisas não corriam de feição para os dois lados. Produziu-se muito pouco, e nas tentativas de Salvador Agra (Boavista) e Madson (Moreirense) os guarda-redes fizeram boa figura. Assim se passou a primeira parte.
A segunda não trouxe quase nada de novo. Pelo menos até às mexidas. Rui Borges reforçou os argumentos atacantes, mas sem ponta final. A bola teimava em não incomodar João Gonçalves. A criatividade não esteve no Bessa. O Boavista continuava em esforço e viu Bruno Lourenço muito perto do golo. Esta nota de desequilíbrio na área não chegava, mas Reisinho lá içou a bandeira com um toque de grande qualidade.
“Os jogadores tiveram a paciência que lhes foi pedida sem bola. Num momento em que saímos com critério, conseguimos um grande golo” Ricardo Paiva Treinador do Boavista
“É ingrato, mas o futebol é isto, um momento de inspiração muda o jogo. Faltou-nos entrar em zonas de finalização com assertividade durante todo o jogo” Rui Borges Treinador do Moreirense