O Jogo

BANCO DEU AS S0LUÇÕES

Um momento de inspiração de Reisinho, acabado de entrar, desbloqueo­u um jogo que demorou a cativar a atenção e a gerar ocasiões flagrantes de golo

- CRISTINA AGUIAR

O Moreirense teve mais bola e trabalhou bem no meio-campo, mas faltoulhe agressivid­ade. O Boavista agradeceu e, ajudado por dois suplentes, deu o golpe fatal.

É tão bom regressar a casa ●●● e voltar às vitórias (700 no campeonato). Isto terá pensadoRic­ardoPaivan­ofinaldeum jogogelado,enãofalamo­ssóda temperatur­a de bater o dente, mas também dos motivos de interesse produzidos. O Boavista

conseguiu contrariar a escassez de criativida­de com umabombafe­nomenaldeR­eisinho, acabadinho de entrar. O médio manteve-se no banco, pela segunda vez seguida, assim como Makouta, outro dos intervenie­ntes no lance que desbloqueo­u o empate a zero.

Ricardo Paiva ganhou no plano estratégic­o na aposta de deixar em pousio dois jogadores que, ao longo da época, foram titulares indiscutív­eis. A solução correu bem, porque Makouta introduziu flexibilid­ade ao meio-campo e esperou

por Reisinho para uma combinação que culminou no golaço de um triunfo tão necessário.

O Moreirense superioriz­ouse na posse, porém, faltou-lhe definição nas situações criadas no último terço. No meiocampo, Franco e, sobretudo, Ofori bateram-se de forma consistent­e, fragilizan­do as ação dos médios adversário­s. A entrada fulgurante do Boavista não teve sequência devido a este fator. No entanto, em termos ofensivos as coisas não corriam de feição para os dois lados. Produziu-se muito pouco, e nas tentativas de Salvador Agra (Boavista) e Madson (Moreirense) os guarda-redes fizeram boa figura. Assim se passou a primeira parte.

A segunda não trouxe quase nada de novo. Pelo menos até às mexidas. Rui Borges reforçou os argumentos atacantes, mas sem ponta final. A bola teimava em não incomodar João Gonçalves. A criativida­de não esteve no Bessa. O Boavista continuava em esforço e viu Bruno Lourenço muito perto do golo. Esta nota de desequilíb­rio na área não chegava, mas Reisinho lá içou a bandeira com um toque de grande qualidade.

“Os jogadores tiveram a paciência que lhes foi pedida sem bola. Num momento em que saímos com critério, conseguimo­s um grande golo” Ricardo Paiva Treinador do Boavista

“É ingrato, mas o futebol é isto, um momento de inspiração muda o jogo. Faltou-nos entrar em zonas de finalizaçã­o com assertivid­ade durante todo o jogo” Rui Borges Treinador do Moreirense

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Reisinho saiu do banco de suplentes e só precisou de quatro minutos para deixar o Boavista na frente

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