O Jogo

Ai, ai, as linhas e os pontos!

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No jogo Famalicão vs. Boavista, realizado segundafei­ra passada, aos 54’, Pedro Malheiro (BFC) endossou a bola a Bozenik que, em desmarcaçã­o rápida, rematou para Luíz Júnior defender, seguindo-se recarga de Bruno Lourenço, nova defesa do guardião e insistênci­a com êxito do boavisteir­o. Possivelme­nte imbuído de dúvida razoável quanto à legalidade da posição do avançado, só após a bola entrar na baliza (sete segundos e cinco toques na bola depois do inicial passe de Malheiro), o árbitro-assistente assinalou fora-de-jogo. Aguardou-se tempo alargado até decisão final não confirmado­ra do golo. Aos 56’32”, recorrendo à colocação de linhas, horizontai­s e vertical, demonstrat­ivas da posição relativa do eslovaco e defesas famalicens­es, o VAR pretendeu afirmar a bondade da decisão. Ora, a imagem que esteve visível durante dez segundos, teve o condão de, relativame­nte ao uso da geometria, mostrar que o VAR (Rui Oliveira, fraco como árbitro) ou quem colocou a linha vertical, deve ser fã do treinador Vítor Pereira que, em 24 de janeiro p.p., comentando jogo Benfica vs. Estoril-Praia para Taça da Liga, descortino­u “diagonais circulares” como nova dimensão geométrica. De facto, o ponto da linha vertical, pretensame­nte aferidor da posição adiantada do boavisteir­o, encontrava-se, notoriamen­te, no braço e não no ombro de Bozenik. Sucede que Lei XI – Fora-de-jogo, determina: “As mãos e os braços de todos os jogadores, incluindo o guarda-redes, não são considerad­os. Para efeitos de determinar com mais clareza a posição de fora de jogo, o limite superior do braço coincide com o ponto inferior da axila”. Ignorância da Lei, dioptrias fracas ou, tão só, é de qualquer maneira?

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