O Jogo

Amorim “Importante só para a nossa confiança”

Técnico do Sporting foi questionad­o sobre um posicionam­ento mais feroz da equipa para a definição do título mas afastou qualquer conforto

- PEDRO CADIMA

Técnico leonino usou várias vezes a palavra competênci­a para realçar o esforço coletivo perante Arouca que deu luta diferente que o 0-3 faça supor, destacando defesa determinan­te de Israel.

“Depois do nosso golo, o Arouca tomou conta e terminou melhor a primeira parte. O Franco fez uma defesa determinan­te”

Rúben Amorim somou ●●● ontem o jogo 200 no Sporting, sendo apenas o segundo treinador a chegar a essa marca no emblema de Alvalade. E sai com 110 golos na temporada, a maior marca da carreira de leão ao peito numa só época, ainda com uma dezena de jogos para disputar. Destacou a capacidade­daequipape­rceber os problemas do jogo.

“Foi um jogo muito difícil, um Arouca com uma dinâmica muito forte. Parece que foi fácil, mas foi muito complicado”

Este triunfo robusto esconde dificuldad­es?

—Houve uma história que se foi desenvolve­ndo. Depois do nosso golo, o Arouca tomou conta, terminou melhor a primeira parte. Nós soubemos comportar-nos como deveria ser, defendendo mais baixo, pressionan­do mais em cima. Na segunda parte tivemos a capacidade física de continuar apressiona­r,controlámo­smelhor o Cristo, penso que fomos superiores. Um jogo muito difícil, uma equipa que tem uma dinâmica muito forte, é difícil controlar todos os movimentos. Parece que não, mas foi um jogo mesmo complicado.

Do que não gostou tanto?

—Durante cerca de 20 minutos, o Cristo estava com muito espaço, o Jason estava sempre homem para homem e

tentámos mudar a pressão, mas acho que não defendemos bem nem pressionám­os nessa fase, tivemos algumas dificuldad­es. Sem grandes oportunida­des, tirando a do Sylla, com uma grande defesa do Franco, um momento determinan­te.

Podem ter sido três pontos decisivos para a definição desta Liga?

—Não acho que sejam importante­s para as contas da Liga, são importante­s para a nossa confiança e parte mental. Tivemos um jogo com o Rio Ave que não correu tão bem, onde nos faltou algo. Hoje fomos sempre competente­s a defender e a atacar. Aumenta a confiança mas sabemos que os jogos vão ser todos difíceis. Agora é tudo decisivo.

Sente embalo e algum conforto dentro do grupo?

—Da última vez que fomos campeões tínhamos dez pontos de avanço e não sentia qualquer almofada. Muito menos agora, só temos um ponto, é uma montanha a escalar. Há sempre jogos como o que tivemos com o Rio Ave. Tivemos um percalço e só temos um ponto, não há conforto.

“O Quaresma estava cansado, com dificuldad­e a perceber quando soltar a bola”

Que explicação dá para as saídas de Quaresma e Coates?

—Quaresma estava cansado, com dificuldad­es de perceber quando soltar a bola. Com os treinos conhecemos os jogadores e dá para distinguir uma má definição de cansaço. Inácio tinha limite de tempo para jogar, preferimos que acabasse e não começasse. O Coates sentiu algo e, à mínima situação, temos outros para meter. Caso perca algum, é sinal que vamos sobrecarre­gar outro.

“Resultado aumenta a confiança mas sabemos que os jogos vão ser todos difíceis. Agora é tudo decisivo”

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Amorim diz que o Arouca terminou melhor a 1.ª parte

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