O Jogo

BAGNAIA DOMINA E APRILIA SOFRE

Miguel Oliveira teve de cumprir penalizaçã­o e o 15.º lugar no Catar acabou por ser um mal menor

- CARLOS FLÓRIDO

“Foi uma bela lição, não tivemos moto para muito mais”, sintetizou Miguel Oliveira na pista de Lusail, no Catar, onde somou um ponto no Mundial de MotoGP e as Aprilia andaram longe do top 5.

Francesco Bagnaia abriu a época de MotoGP como fechara a última, a vencer sem contestaçã­o, reforçando o favoritism­o a um terceiro título, embora o Grande Prémio do Catar tenha revelado três rivais sérios: Brad Binder, Jorge Martín e Marc Márquez. A

Aprilia ficou de fora desse embate Ducati-KTM, pois Aleix Espargaró, em oitavo, foi o melhor, ficando Miguel Oliveira em 15.º, já que a penalizaçã­o vinda da época passada o impediu de tentar chegar aos dez primeiros.

Largando da 14.ª posição, o português começou por ser 15.º, enquanto na frente Bagnaia assumiu no arranque uma liderança que não mais largou. Enquanto o italiano ia ganhando avanço, deixando Binder e Martín em duelo intenso, com Marc Márquez a assistir logo atrás – a estrela espanhola ainda se assustou com o início fenomenal de Pedro Acosta, rookie que subiu a quarto e depois ficou sem pneus –, Oliveira sabia que tinha um extra indesejáve­l. O acidente do ano passado na Malásia, quando bateu na traseira de Espargaró, obrigava-o a fazer uma volta longa. Desceu a 19.º e depois fez o que era possível: ultrapasso­u Morbidelli, os dois Fernández, Augusto e o seu colega Raul, e Alex Rins, subindo a 15.º e somando um ponto. O primeiro desde outubro do ano passado, na Austrália!

“Foi uma bela lição. Não tivemos moto para muito mais. Ao partirdaqu­elaposição­sabiaque iasofrer,tendoainda­a‘longlap’, mas o problema não é só o tempo que se perde a fazê-la, é depois a posição em que se fica. Estava num grupo compacto, a lutar pelo top 10, reentrei em 19.º.Nãoestavap­ertoosufic­iente para ultrapassa­r mais pilotos eacabeiem1­5.º.Nãosaímoss­atisfeitos. A moto comporta-se de forma mais aceitável numa volta rápida, mas em ritmo de corrida ainda estamos longe”, explicou o português da Trackhouse Aprilia à Sport TV, comumaespe­rança:“Vamoslá chegar.Vaidemorar­algumtempo, mas chegaremos”.

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Miguel Oliveira terminou na frente de Alex Rins e Augusto Fernández

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