O Jogo

“VIEMOS AQUI PARA FAZER GOLOS E GANHAR”

Treinador portista não descansa à “sombra” da vantagem da primeira mão e quer um FC Porto seguro a defender, mas também “acutilante” no ataque para abater o Arsenal

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Conceição recordou a qualidade do adversário, o valor de mercado e a juventude dos dragões, mas não perde o otimismo. Respeito pelo “tubarão” inglês não deve ser confundido com medo.

CARLOS GOUVEIA

Foi sem qualquer pergunta ●●● dos jornalista­s ingleses, mas com vários momentos de humor, que Sérgio Conceição fez a antevisão do encontro desta noite perante um Arsenal que, acredita, quererá chegar mais rápido à baliza de Diogo Costa do que no Dragão.

Arteta pediu um apoio fora de normal, um ambiente hostil para ajudar a equipa. O que é que isso lhe transmite?

—Pouco. O ambiente faz parte do futebol. Também teremos os nossos adeptos, em menornúmer­o,mascommais paixão ainda. As declaraçõe­s não jogam. Quem joga são os atletas, a estratégia que definimos, a atitude. Mais palavra menos palavra, às vezes dizem-se coisas que mais tarde, a frio, não se diria daquela forma. De uma e outra parte. Não valorizo.

Que tipo de missão tem o FC Porto aqui?

—Uma tarefa muito difícil. Quando falo das provas internas, a diferença entre os clubes médios e pequenos e os três ou quatro grandes é enorme, mas aqui é muito maior. Estamos a falar da segunda equipa com maior valor de mercado e nós somos a que tem menor valor entre as 16. Quando a bola começar a rolar há qualidade dos dois lados, equipas técnicas competente­s. Temos que olhar para a nossa equipa, observando e vendo o que o adversário pode fazer na grande qualidade que tem a nível individual. Coletivame­nte, é muito bem treinado, sabe e percebe todos os momentos do jogo e não só. Há também uma agressivid­ade constante, esquemas táticos muito fortes, é uma equipa completa. Olhamos para isso com respeito, mas sem receio, porque vimos aqui para discutir e ganhar o jogo.

Ainda é possível surpreende­r o Arsenal?

—Cada jogo tem a sua história, dentro das caracterís­ticas do Arsenal. Numa ou outra situação poderá fazer algo diferente. Temos de antecipar esses problemas, somos pagos para isso. E mesmo durante os jogos, há sempre correções para fazer. Jogar o Gabriel ou Havertz é diferente, jogar Trossard ou Martinelli muda alguma coisa, o Jorginho no meio-campoédife­rente...Perceber o que vão querer explorar e estar preparados para dar uma boa resposta defensiva e sermos acutilante­s, olhar sempre a baliza do adversário, porque viemos aqui para fazer golos e ganhar.

No Dragão, o FC Porto teve apenas 38% de posse de bola. Prevendo-se agora um Arsenal mais intenso e ofensivo, quão importante será, desta vez, ter mais bola?

—Aí já entrámos no plano estratégic­o e não quero entrar por aí. O Arsenal pode querer chegar de uma forma mais rápida ao último terço. Jogando de forma ligada e apoiada, mas longe da nossa baliza, não nos preocupa tanto. Entrando no último terço, com a muita qualidade individual que têm... Temos de tirar a equipa desse espaço. É preciso estarmos preparados para não acontecer aquilo que eles gostam.

“Arsenal pode querer chegar de uma forma mais rápida ao ultimo terço. Temos de tirar a equipa desse espaço” Sérgio Conceição Treinador do FC Porto

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