“Terão de ser ainda mais perfeitos que no Dragão”
Médio sabe o que é vencer no Emirates e dá a receita para que o clube do coração chegue aos quartos de final da Liga dos Campeões. Replicar a primeira mão seria um bom começo
Não perdoar na hora de atirar à baliza, nem que seja numa “meia oportunidade”, será fundamental para o sucesso dos azuis e brancos em Londres. Resultado da primeira mão não surpreendeu Neves.
É com a autoridade de quem passou seis épocas em Inglaterra e defrontou sete vezes o Arsenal de Mikel Arteta que Rúben Neves fala sobre o desafio que espera o FC Porto, em Londres, esta noite. Em declarações exclusivas a O JOGO, o agora jogador do Al Hilal elogia a postura dos dragões na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, mas avisa: chegar aos “quartos” implica subir a fasquia, mesmo com a vantagem (1-0) obtida na Invicta. “O FC Porto terá de ser ainda mais perfeito defensiva mente, porque oArsenalé muito forte a atacar, ainda mais a jogar em casa. É sempre um fator a favor deles”, explica o internacional português.
Vencer em solo inglês é algo que o FC Porto nunca conseguiu fazer, pelo menos em jogos oficiais, mas Rúben Neves até sabe o que é vencer no Emirates: aconteceu em novembro de 2020, época de covid19, pelo Wolver hampton. Agora, a o contrá riodo que su cedeu nessa partida, as bancadas estarão repletas. “O ambiente em casa do Arsenal é muito bom. Para contrariar, o FC Porto terá de tentar equilibrar os duelos individuais, contra jogadores de excelente qualidade, como Odegaard, Saka, Martinelli... Bem, no Dragão eles perderam quase todos os duelos individuais contra os adversários diretos. Importa anular de novo esses jogadores e depois, como é obvio, aproveitar a mínima oportunidade. Se tiverem meia oportunidade, marquem”, aconselha o centrocampista formado no Olival.
O trabalho de Sérgio Conceição no embate da primeira mão é merecedor de elogios do ex-FC Porto, que, em boa verdade, nem ficou muito surpreendido com a vitória azul e branca. “Todas as equipas têm muitas dificuldades no Dragão. Quase sempre que uma equipa grande joga lá acontece isto. Não me surpreendeu, porque sabia que, mesmo sendo contra o Arsenal, o FC Porto podia vencer”, garante, prosseguindo. “Defensivamente, foi uma equipa extremamente bem organizada. Lembro-me de estar a ver o jogo e ouvir o comentador referir que o Arsenal não fez qualquer remate enquadrado. Quando isso acontece contra o Arsenal, é sinal de que o trabalho defensivo foi perfeito. E o fator Dragão ajudouimenso. Connosco, contra o Bayern, foi um fator que pesou muito”, recorda Rúben Neves, numa alusão à vitória (3-1) dos portistas sobre o colosso alemão em 2014/15, na primeira mão dos quartos de final da Champions. Na segunda, em Munique, a história foi outra – o FC Porto perdeu 6-1 e foi eliminado –, mas, desta feita, Rúben espera e acredita num desfecho bem diferente.
“O ambiente em casa do Arsenal é muito bom. Para contrariar, o FC Porto terá de tentar equilibrar os duelos individuais”
“Importa anular de novo jogadores como Odegaard, Saka e Martinelli. E depois, se tiverem meia oportunidade, marquem”
“Lembro-me de estar a ver o jogo [da primeira mão] e ouvir o comentador referir que o Arsenal não fez qualquer remate enquadrado”