O Jogo

“Terão de ser ainda mais perfeitos que no Dragão”

Médio sabe o que é vencer no Emirates e dá a receita para que o clube do coração chegue aos quartos de final da Liga dos Campeões. Replicar a primeira mão seria um bom começo

- FRANCISCO SEBE

Não perdoar na hora de atirar à baliza, nem que seja numa “meia oportunida­de”, será fundamenta­l para o sucesso dos azuis e brancos em Londres. Resultado da primeira mão não surpreende­u Neves.

É com a autoridade de quem passou seis épocas em Inglaterra e defrontou sete vezes o Arsenal de Mikel Arteta que Rúben Neves fala sobre o desafio que espera o FC Porto, em Londres, esta noite. Em declaraçõe­s exclusivas a O JOGO, o agora jogador do Al Hilal elogia a postura dos dragões na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, mas avisa: chegar aos “quartos” implica subir a fasquia, mesmo com a vantagem (1-0) obtida na Invicta. “O FC Porto terá de ser ainda mais perfeito defensiva mente, porque oArsenalé muito forte a atacar, ainda mais a jogar em casa. É sempre um fator a favor deles”, explica o internacio­nal português.

Vencer em solo inglês é algo que o FC Porto nunca conseguiu fazer, pelo menos em jogos oficiais, mas Rúben Neves até sabe o que é vencer no Emirates: aconteceu em novembro de 2020, época de covid19, pelo Wolver hampton. Agora, a o contrá riodo que su cedeu nessa partida, as bancadas estarão repletas. “O ambiente em casa do Arsenal é muito bom. Para contrariar, o FC Porto terá de tentar equilibrar os duelos individuai­s, contra jogadores de excelente qualidade, como Odegaard, Saka, Martinelli... Bem, no Dragão eles perderam quase todos os duelos individuai­s contra os adversário­s diretos. Importa anular de novo esses jogadores e depois, como é obvio, aproveitar a mínima oportunida­de. Se tiverem meia oportunida­de, marquem”, aconselha o centrocamp­ista formado no Olival.

O trabalho de Sérgio Conceição no embate da primeira mão é merecedor de elogios do ex-FC Porto, que, em boa verdade, nem ficou muito surpreendi­do com a vitória azul e branca. “Todas as equipas têm muitas dificuldad­es no Dragão. Quase sempre que uma equipa grande joga lá acontece isto. Não me surpreende­u, porque sabia que, mesmo sendo contra o Arsenal, o FC Porto podia vencer”, garante, prosseguin­do. “Defensivam­ente, foi uma equipa extremamen­te bem organizada. Lembro-me de estar a ver o jogo e ouvir o comentador referir que o Arsenal não fez qualquer remate enquadrado. Quando isso acontece contra o Arsenal, é sinal de que o trabalho defensivo foi perfeito. E o fator Dragão ajudouimen­so. Connosco, contra o Bayern, foi um fator que pesou muito”, recorda Rúben Neves, numa alusão à vitória (3-1) dos portistas sobre o colosso alemão em 2014/15, na primeira mão dos quartos de final da Champions. Na segunda, em Munique, a história foi outra – o FC Porto perdeu 6-1 e foi eliminado –, mas, desta feita, Rúben espera e acredita num desfecho bem diferente.

“O ambiente em casa do Arsenal é muito bom. Para contrariar, o FC Porto terá de tentar equilibrar os duelos individuai­s”

“Importa anular de novo jogadores como Odegaard, Saka e Martinelli. E depois, se tiverem meia oportunida­de, marquem”

“Lembro-me de estar a ver o jogo [da primeira mão] e ouvir o comentador referir que o Arsenal não fez qualquer remate enquadrado”

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RÚBEN NEVES

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