O Jogo

Brasil denuncia jogada portuguesa

Hugo Calderano é a vítima da mudança de regra no ranking, com o voto de Pedro Moura

- MANUEL PÉREZ

Sem repercussã­o por cá, o ténis de mesa brasileiro sente-se prejudicad­o pelo sistema de qualificaç­ão olímpica a que está a ser sujeito Hugo Calderano, ao contrário de Marcos Freitas e do francês Félix Lebrun. “Uma manobra política mudou as regras do ranking (...) e a proposta apresentad­a pela União Europeia da modalidade, e pelas federações de França e Portugal, foi aprovada por unanimidad­e pelo Conselho Executivo da Federação Internacio­nal”, escreve-se no início de um relato que tem Pedro Moura como peão. O há muitos anos presidente da FPTM ocupa, recorde-se, a presidênci­a interina da ETTU.

Estava estipulado que os oito melhores resultados nas 52 semanas anteriores à edição do último ranking (16 de julho)definiriao­srestantes­apurados para os Jogos Olímpicos, mas agora cada atleta só pode ter um evento continenta­l incluído nesse somatório. Marcos Freitas é acusado de entrar no top 7 olímpico por “ter ganho 175 pontos graças à manobra política” e Félix Lebrun apontado como o maior beneficiad­o. O prodígio gaulês é o mais sério candidato a roubar uma medalha aos chineses e os bilhetes já esgotaram.

O número um brasileiro, Hugo Calderano, disputou dois torneios continenta­is e, ao ser-lhe retirado um, cede 500 pontos. É quinto classifica­do, reclama que “devia ser quarto” e, ao lamentar a mudança em plena fase de apuramento, diz ser “só mais um exemplo de como funciona o jogo de interesses políticos e financeiro­s”. O também melhormesa­tenistadoc­ontinente americano tem ainda quatro grandes certames para reservar um lugar em Paris.

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Marcos Freitas e Félix Lebrun nos Jogos Europeus

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