O Jogo

O dragão atrás de outra noite perfeita

- Jorge.maia@ojogo.pt

Se precisar de inspiração para hoje, o FCPorto sempre pode recordar que ainda há dias se celebraram 20 anos desde que os dragões tombaram outro gigante inglês nos “oitavos” da Champions.

Na Liga dos Campeões, quando se chega aos oitavos de final e se tem pela frente um gigante como o Arsenal – líder da Premier League e segunda equipa mais valiosa do Mundo com um plantel avaliado em mais de mil milhões de euros – uma noite perfeita não chega. São precisas duas e é esse o desafio do FC Porto para o jogo de hoje. Arrancar mais uma noite perfeita, como foi a de há duas semanas no Dragão. Claro que, entretanto, o grau de dificuldad­e cresceu exponencia­lmente. Desde logo, porque nestas lutas entre David e Golias, o fator surpresa é essencial.

Afinal, se o duelo bíblico tivesse sido disputado a duas mãos, é improvável que o gigante se voltasse a deixar abater por uma única pedrada certeira no meio da testa. Por outro lado, se aquela pedrada certeira de Galeno não chegou para abater definitiva­mente o Arsenal, há de ter feito alguma mossa. Os ingleses entram no jogo desta noite a precisar de ganhar por mais de um golo de diferença e a tentação de desabar sobre a baliza portista há de ser refreada pela dolorosa consciênci­a de que o FC Porto tem condições para os ferir. Se os dragões não tivessem ganho mais nada na primeira mão – e ganharam uma vantagem curta, mas importante – teriam pelo menos ganho o respeito do adversário. Aliás, não terá sido por acaso que, ontem, Arteta fez questão de convocar o 12.º jogador para a partida, sublinhand­o a necessidad­e de que o estádio dispute cada bola ao lado da equipa para ajudar a dar a volta à eliminatór­ia. O FC Porto tem um desafio complicado pela frente hoje, mas também uma grande oportunida­de. Afinal, não seria a primeira vez que os dragões derrubaria­m um gigante inglês nos oitavos da Champions contra todas as probabilid­ades.

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